No mês passado, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, esteve em Pernambuco para visitar a área onde será construída a nova Escola de Sargentos do Exército. O projeto, que deve gerar 28 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção, vai investir cerca de R$ 230 milhões em salários todos os anos, segundo ele. Ontem (21), durante entrevista ao Blog Cenário, Múcio defendeu o equipamento.
“Eu trabalho aqui todos os dias por essa Escola de Sargentos. Para Pernambuco, é uma coisa fora do comum de importante. A folha de pagamento dessa Escola de Sargentos é R$ 230 milhões por ano. Você já pensou isso lá na região, em Paudalho, Carpina, aquelas cidades ali todas, um novo corredor de oportunidades para os jovens de Recife? Qualquer pessoa do Nordeste que quer ser militar, tem que ir para o Centro-Sul do país e é mais um imigrante. Essa escola para nós é a coisa mais importante”, explicou.
O ministro também ressaltou a atenção à recomposição do impacto ambiental na área, o que ainda vem sendo debatido. A Escola de Sargentos em Pernambuco será o maior projeto do Exército desde a construção da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), na década de 1940, contando com campus escolar, batalhão de comando e serviços, além de duas vilas militares. A estimativa é de que a instituição atenda a cerca de 2.200 alunos, com possibilidade de graduação em 16 especialidades de nível superior tecnólogo. No local, serão ofertados cursos como infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia, comunicações e logística.
No acordo firmado, o Governo do Estado dará contrapartidas, principalmente na questão de mobilidade, requalificando os acessos à área onde a ESA deve funcionar. Questionado se os compromissos estão sendo cumpridos, Múcio não entrou em detalhes, mas deixou transparecer que há impasses que ainda precisam ser resolvidos.
“O Governo [de Pernambuco] diz que tem contribuído. A governadora diz que está certo, a gente pode contar com ela… tem algumas coisas que precisam ser negociadas no Estado para que isso avance. Eu gostaria muito de ver as obras começarem. Tomara que, enquanto eu estiver aqui, isso aconteça. Eu quero, já velhinho, alguém me levar lá e dizer: ‘olha, você acreditou e isso aconteceu’”, concluiu.