Pouco antes do início da convenção do PDT no Recife, o secretário de Criança e Juventude, Ismênio Bezerra, reuniu os indicados políticos da pasta e anunciou que, dependendo do resultado do evento, exonerações de nomes do partido poderiam acontecer. Uma fonte, em reserva, informou ao Blog Cenário sobre a tensa reunião ocorrida.
A informação repassada aos comissionados foi de que a governadora Raquel Lyra (PSDB) não aceitava outra decisão que não fosse a do partido apoiar Daniel Coelho (PSD), na disputa pela Prefeitura do Recife. O blog também foi informado que logo após a convenção, Ismênio seguiu direto para o Palácio do Campo das Princesas.
A relação de Raquel Lyra e o presidente nacional do partido, ministro Carlos Lupi, não vinha nada boa (há um bom tempo). Um interlocutor informou que, recentemente, a governadora teria cobrado de forma ríspida o apoio a Daniel no Recife, recebendo uma resposta no mesmo tom, afirmando que as coisas não seriam dessa forma.
Internamente, o sentimento é de que azedou e que mesmo que não haja uma lista de exonerações no Diário Oficial deste sábado (3), isto será questão de tempo. Além das indicações da legenda, outras pessoas do PDT também estão nomeadas na pasta, entretanto, na cota de Túlio Gadêlha (Rede). Outra fonte avaliou que, quando as demissões acontecerem, o grupo que não chega a 10 indicados deve permanecer – por Túlio, não pela legenda.
Em contato com o blog, Ismênio garantiu que entre ele e a governadora, a relação continua cordial e respeitosa, já que o problema é diretamente com o partido. Como neste fim de semana há muitas convenções, os rumos da continuidade dessa aliança devem ser debatidos a partir da próxima semana.
Raquel não só sofreu revés no Recife, como também em Petrolina, Araripina e Caruaru, não fazendo o maior sentido continuar com o PDT integrando o primeiro escalão. Como falou um parlamentar federal sob sigilo: “essa história do PDT precisa ir para os livros”.