A primeira semana do mês de outubro pode ficar marcada no Recife como um momento anual para refletir sobre a saúde mental. É isso que propõe o projeto de lei nº 146/2023, de autoria da vereadora Aline Mariano (PP), que foi aprovado pela Câmara Municipal nessa segunda-feira (30). A proposta busca instituir a Semana Municipal de Sensibilização e Conscientização Sobre a Saúde Mental no calendário oficial da cidade.
O projeto sugere a realização anual, sempre na primeira semana de outubro, de uma série de atividades como seminários, palestras e oficinas, com o objetivo de dar conhecimento à população acerca dos transtornos mentais que atingem nossa população, além de orientar a respeito do diagnóstico e das formas adequadas de tratamento e detectar possíveis casos de transtornos e doenças mentais.
A vereadora salienta a relevância do tema e se mostra confiante em relação à sanção do prefeito do Recife, a próxima etapa da tramitação do projeto, para que ele se torne lei. Ela destaca a importância da prevenção quando o assunto é saúde mental.
“Precisamos de políticas públicas que possam fazer com que as pessoas quebrem esse tabu, que possam falar sobre saúde mental como a gente fala, por exemplo, sobre o corpo. Não podemos permitir que terapia seja artigo de luxo. Terapia tem que ser algo acessível para todos”, refletiu. “Nós precisamos falar, especialmente, da prevenção. O tratamento é algo muito mais doloroso, algo que provoca muito mais sofrimento”.
Para Aline Mariano, a saúde mental implica em muito mais que a ausência de doenças mentais e, por isso, é necessário investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais para um convívio social mais saudável.
“Os transtornos mentais surgem em razão da influência de múltiplos fatores sociais, genéticos, psicológicos e ambientais. As pressões socioeconômicas influenciam continuamente os riscos para a saúde mental individual e coletiva, sobretudo sobre as camadas mais populares. Nesse sentido, os familiares precisam buscar ajuda e encaminhar seus parentes para o tratamento mais adequado e é dever do Poder Público buscar alternativas que propiciem a harmonia nessas relações. É uma urgente necessidade”, alerta.