A deputada Clarissa Tércio (PP), e outros dois deputados federais diplomados passaram a ser investigados, nesta segunda-feira (23), depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a abertura de inquéritos para apurar as responsabilidades sobre os ataques às sedes dos Três Poderes, no último dia 8 de Janeiro.

A decisão atende ao pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que apontou que Clarissa, André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio e Silvia Waiãpi (PL-AP) teriam, supostamente, incitado os atos golpistas.  

Na denúncia, a PGR aponta que os três parlamentares diplomados usaram as redes sociais para fazer publicações antes e durante as invasões às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, o que pode configurar incitação pública à prática de crime e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

No documento, Moraes cita o vídeo divulgado por Clarissa Tércio, em conjunto com o perfil do marido, o deputado estadual diplomado, Júnior Tércio (PP). Nas imagens feitas de cima do teto onde ficam as cúpulas do Congresso Nacional, uma mulher narra: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”.

Por nota, Clarissa disse que está tranquila com a investigação. “Faço questão de ratificar que sou totalmente contrária a qualquer ato de violência, vandalismo ou de destruição do patrimônio público, que venha ameaçar a nossa democracia e a partir de agora, vou aguardar de forma tranquila a apuração dos fatos, com a certeza de que a verdade prevalecerá“, afirmou.