Com um discurso entusiasmado, a candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), abriu ontem (30) o final de semana de convenções na capital pernambucana. Apesar de pontuais observações que se pode fazer em relação à frieza do evento durante as falas dos candidatos da proporcional, no geral, Raquel se mostrou muito motivada.

Um dos momentos mais emocionantes para ela foi quando duas mulheres que tiveram as vidas transformadas através de programas implantados durante a gestão da ex-prefeita de Caruaru, deram seus depoimentos pessoalmente no evento. Emocionada, Raquel citou suas ações voltadas para a criação das vagas de creche, a nova maternidade, programas de assistência social e qualificação profissional para mulheres, entre outras conquistas, e aproveitou para alfinetar os opositores de outras chapas.

“Trabalhar para quem não tem é muito mais difícil do que construir um viaduto. Se você quiser construir uma grande obra que custe milhões de reais e seja coberta de asfalto, é muito mais fácil que chegar lá no morro. No morro que as chuvas despencaram e que levaram sonho e esperança de mais de 130 pernambucanos durante este ano. E essa mesma história todos os anos se repetem. Tem gente que está brigando pelo apoio de Lula, pelo apoio de Bolsonaro, para ver quem é o afilhado de cada um desses candidatos a presidente da República. E eu fico me perguntando o tempo inteiro é onde está o povo de Pernambuco nessa discussão deles”, afirmou.

Ainda durante seu discurso, Raquel também falou que muitos a chamam de teimosa. “Eu falo que isso é obstinação de quem não descansa enquanto a missão não tá cumprida”, afirmou, comentando sobre as críticas relacionadas à insistência em não desistir da candidatura. Ela ainda comentou sobre uma afirmação do deputado Daniel Coelho (Cidadania), que criticou os comentários de que outros candidatos teriam mais estrutura e, consequentemente, mais chance no pleito.

“A gente tem uma campanha super dura pela frente, mas eu não tenho medo disso. Eu sempre disse para o meu time que só acaba quando termina, que a gente não descansa enquanto a escola não está pronta, enquanto o hospital não está pronto, a gente manda o remédio que não está na porta. Enquanto as pessoas estiverem com fome, nós vamos dar de comer. É essa trajetória, essa capacidade de trabalho, essa energia. Não acordos políticos, não a estrutura de que eles falam, meu querido Daniel. A estrutura que eles falam, sobre utilizar um dinheiro que a gente sabe de onde sai para poder fazer política”, disse a tucana.