Bivar é acusado de traição por membros da terceira via

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Por Karol Matos
28 de abril de 2022 às 17h00min
Foto: Divulgação

Depois de ser deixado de lado na escolha de quem iria encabeçar a candidatura do bloco que buscava uma federalização para a chamada terceira via, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, botou a bola debaixo do braço e encerrou o jogo.

Lideranças do PSDB e MDB dizem que o deputado queria ser o candidato à presidência e não vice de Simone Tebet (MDB), cenário mais aceito pelo grupo. Os integrantes das legendas ainda afirmam que Bivar se deixou levar pela vaidade e não pensou no interesse público e nacional ao deixar o grupo acompanhado do seu gordo fundo partidário e tempo de TV.

Segundo a colunista do Uol, Thaís Oyama, o cacique do União Brasil tem sido acusado pelas lideranças tucanas e emedebistas, que alegam que Luciano Bivar traiu o grupo para ficar a serviço das candidaturas Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PP). Este último com uma maior dedicação. Isso porque o deputado Elmar Nascimento (UB) foi incluído de última hora na reunião de terça-feira (26), em que os demais partidos foram anunciados sobre a saída do UB do grupo.

Elmar é líder da bancada do União Brasil na Câmara Federal, e unha e carne com o presidente da Casa, Arthur Lira, aliado do governo Bolsonaro. Ele também é próximo de ACM Neto, secretário geral do União Brasil, que, na corrida pelo governo da Bahia, tem como adversário principal Jerônimo Rodrigues (PT).

O petista é apoiado pelo MDB de Simone Tebet, o que configurou a “questão Bahia”: o União Brasil de ACM Neto não poderia apoiar a emedebista Tebet como pré-candidata única da terceira via à Presidência, já que o partido da senadora, na Bahia, está com Lula.

Bivar rebateu as acusações de que abandonou a ideia de brigar contra a polarização. O ex-juiz Sérgio Moro também falou sobre o caso, dizendo que ainda é prematuro afirmar que o União desistiu da terceira via. Enquanto isso, João Doria e Simone Tebet passaram a brigar pelo protagonismo nos 2% de intenção de voto. Nesta quinta-feira (28), o ex-governador paulista afirmou que não exclui e nem se prioriza, como faz Tebet, alegando que ele pode sim assumir uma vice dentro da federação.

Karol Matos

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