A República é filha de Olinda

Opinião
Publicado por Américo Rodrigo
6 de março de 2022 às 08h00min
Foto: Roberto Soares

Por Isaltino Nascimento*

O povo de Pernambuco é conhecido pela mania de grandeza. Sempre trazemos “primeiro” e “maior” para descrever a nossa criatividade, cultura e fatos também. Mas um marco na história do Estado é inconteste: somos o berço da democracia no Brasil, nascida em 1817 com a Revolução Pernambucana.

Um grupo de revolucionários defendia a libertação da coroa portuguesa e a proclamação da república. Era discutida a criação de uma constituição, a liberdade de credos, a liberdade de imprensa, entre outros direitos. Nomes como Domingos José Martins, Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Frei Caneca faziam oposição ao período vivenciado no Brasil à época.
 
O movimento ficou conhecido como Revolução Pernambucana e  chegou a implantar um governo provisório, composto por representantes de variados segmentos da sociedade e tornou nosso estado independente por setenta e cinco dias. A insurreição acabou por iniciar movimentos que culminaram cinco anos depois com a proclamação da independência do Brasil, em 1822.

Então, como diz o hino de Pernambuco, “a República é filha de Olinda” e isso muito nos orgulha.
 
O 6 de março, instituído a partir da lei de minha autoria, junto à ex-deputada Terezinha Nunes, como Data Magna de Pernambuco, é o único feriado civil do nosso Estado e dá representatividade aos que lutaram, defenderam e propagaram ideias emancipacionistas, que destacaram Pernambuco na história do Brasil.
 
Precisamos resgatar sempre a Revolução Pernambucana de 1817 e trazer no sangue a força dos movimentos que lutaram pelas liberdades e direitos. Mais do que nunca é tempo de defender o Estado, as instituições, a igualdade e a consolidação da nossa tão ameaçada democracia.
 
Viva a Revolução Pernambucana de 1817! Viva Pernambuco!

*Isaltino Nascimento
Deputado estadual por Pernambuco

Américo Rodrigo

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