O Ministério Público de Pernambuco fez uma recomendação à Polícia Militar e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), para que sejam evitadas cenas de violência nos atos marcados para acontecer no próximo dia 7 de setembro, no Recife.
No documento direcionado ao Comandante Geral da PM, coronel José Roberto de Santana, o MP pediu que ele determine “firmemente os seus subordinados” que o eventual uso da força se baseie nos princípios da legalidade, evitando excesso e emprego inadequado de armas letais e não letais, podendo ser responsabilizados de forma administrativa, civil e criminal. Além disso, também foi pedido que a identificação dos policiais seja usada de forma adequada e em local visível. A instituição solicitou ainda, que a SDS disponibilize agentes de conciliação e monte Grupos Táticos para Assuntos Correicionais, que possam acompanhar as manifestações do início ao fim.
Três atos a favor e contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) serão realizados no dia 7 de setembro, na capital pernambucana, organizados por movimentos políticos e sociais. A intenção é impedir confrontos semelhantes ao ocorrido em maio deste ano, quando dois homens foram atingidos por balas de borracha disparadas por PMs, durante um ato que acontecia no centro do Recife. Um deles perdeu parte da visão e o outro precisou retirar um dos olhos por completo. O episódio acabou resultando na queda do então secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua e do comandante da PM, coronel Vanildo Maranhão, que pediram exoneração dias depois.