A liberação de eventos sociais, impulsionada pelo avanço da vacinação contra a Covid-19 e a diminuição dos casos graves da doença, voltou a aquecer o setor, que precisou pausar suas atividades por causa da pandemia. Nesta segunda (30), o Governo de Pernambuco ampliou a capacidade de funcionamento de casas de eventos e buffets. Agora, os espaços vão poder funcionar das 8h à 1h da madrugada, com 300 pessoas ou 80% da capacidade do local, o que for menor.
Com a corrida para realizar os eventos suspensos, empresários já têm lista de espera e já começam a gerar novas oportunidades de trabalho. Para dar conta de nove eventos por semana nas três casas de festas que gerencia, a empresária Priscilla Rodrigues gera 32 postos de trabalho diretos e indiretos para cada evento com 100 convidados. “São floristas, barmans, fotógrafos, decoradores, cozinheiros, garçons, piscineiros, entre outros profissionais que passaram mais de um ano sem trabalhar e com dificuldades para garantir o sustento de suas famílias”, destaca Priscilla.
A expectativa é trabalhar todos os dias. “Os fins de semana, que normalmente são mais procurados, já estão reservados, mas a demanda reprimida está tão alta que as pessoas também estão procurando agenda nos dias de semana. Então a expectativa é que tenhamos eventos de segunda a segunda”, ressalta a empresária, que mantém todos os protocolos de segurança sanitária estabelecidos pelo Governo de Pernambuco.
Com casas de Festa em Abreu e Lima, Paulista e Itamaracá, a promotora de eventos já tem festas agendadas para 2022 e comemora os avanços anunciados pelo governo. “Estamos tendo uma lista de espera. A maioria dos nossos eventos são casamentos de pessoas que noivaram durante a pandemia, mas ficaram inseguras de fechar contratos. A retomada representa um alento e fôlego para nossos trabalhadores”, completa.
De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados em 2020 (o número inclui shows, festas, congressos, rodeios, eventos esportivos e sociais, teatro, entre outros); o que fez com que o setor deixasse de faturar ao menos R$ 90 bilhões.
Dj há 16 anos, Felipe Vasconcelos se sente aliviado desde que retornou ao trabalho. “A pandemia foi um período duro para sobreviver sem renda. Com a alta dos eventos tenho a esperança de trabalhar todos finais de semana e restabelecer minha dignidade financeira”, finaliza.