Tudo indica que a eleição do próximo ano caminha para uma polarização dos projetos nacionais, que deve influenciar diretamente nos palanques estaduais. O PP, que em Pernambuco é liderado por Eduardo da Fonte, trabalha nos bastidores para emplacar o nome do deputado federal no Senado na chapa da Frente Popular. Dudu também já revelou que não vê problemas em apoiar o ex-presidente Lula.
Com o senador Ciro Nogueira sendo efetivado na Casa Civil, o PP estreita os laços com Jair Bolsonaro, porém, um ingresso do presidente ao partido está longe de acontecer, já que o chefe do Planalto busca uma sigla onde ele possa ter o comando total. Quem tiver resistência de se posicionar em 2022 pode encontrar dificuldades na busca pelo voto. É o caso do deputado estadual Erick Lessa (PP), que sempre andou com um pé em cada canoa.
Nas últimas semanas o parlamentar tem intensificado agendas em municípios do Agreste, que consequentemente estão gerando demandas aos auxiliares do governador Paulo Câmara (PSB), que sonha em ter Lula junto no palanque dos socialistas. Fica o questionamento se Lessa vai novamente esconder o candidato do PSB durante a campanha, para não desagradar seus apoiadores, ou se será grato ao Palácio por ter suas solicitações atendidas.
Retorno – Não está completamente descartada a volta de Bolsonaro ao PSL para disputar a reeleição. Um dirigente estadual do partido confidenciou à coluna, que uma ala da legenda defende e trabalha com essa ideia, mas a maior divergência entre o presidente da República e Luciano Bivar é justamente a disputa pelo comando total da sigla.
Dúvidas – Um dos alvos de questionamentos da CPI da Covid, o Consórcio Nordeste segue sendo objeto de suspeitas pelo fato de ter pago, de forma antecipada, R$ 48 milhões para a empresa Hempcare Pharma por 300 respiradores que nunca chegaram aos estados. Os investigadores estão convencidos de que a negociação foi fraudada com a finalidade de desviar recursos públicos.
Debate – O LIDE Pernambuco realiza, na noite desta segunda-feira (26), uma live com as presenças do presidente da Amupe, José Patriota, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB) e o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) como debatedores. O protagonista será o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Eles debaterão os desafios da gestão pública e do Brasil.
Desagregador – O ex-ministro Mendonça Filho (DEM) tem achado pouca a dificuldade que a oposição tem encontrado para definir o nome que represente o grupo, e resolveu novamente defender a deputada Priscila Krause (DEM) para cumprir a missão. O democrata tem sido apontado de tentar fracionar ainda mais o conjunto.
Silenciado – Após receber uma enxurrada de críticas depois de ter postado fotos com o senador Humberto Costa (PT) no Instagram, na última sexta-feira (22), o vereador de Caruaru, Jorge Quintino (PTB), resolveu bloquear os comentários desaprovando o encontro. Um atento observador da política chegou a apontar a atitude como censura.