Nesta segunda-feira (17), após o Governo de Pernambuco dar autonomia para prefeitos avançarem na vacinação dos grupos prioritários contra a Covid-19, o deputado estadual Romero Albuquerque (PP) e a vereadora Andreza Romero (PP) voltaram a cobrar a vacinação dos médicos veterinários que trabalham em estabelecimentos de saúde animal. Na última semana, eles chegaram a sugerir o uso de doses remanescentes para contemplar os profissionais excluídos.

Parte do grupo de médicos veterinários foi excluída da campanha de vacinação pelo Ministério da Saúde que, através de um ofício, estabeleceu que a categoria deveria ser considerada como trabalhadores do setor de interesse à saúde, e não de trabalhadores da Saúde, contrariando a resolução nº 287, de 8 de outubro de 1998, do Conselho Nacional de Saúde. No Recife, após recomendação conjunta emitida por ministérios e defensorias públicas determinando a suspensão imediata da vacinação dos profissionais excluídos pelo ofício, a Prefeitura foi obrigada a negar o direito de imunização ao grupo.

Os parlamentares enviaram aos núcleos de Saúde da Promotoria de Justiça e da Defensoria Pública Estadual um pedido de apoio à proposta de usar as doses destinadas aos faltosos para ampliar a imunização e alcançar a totalidade dos profissionais de Saúde. Desde o início da campanha, pouco mais de 8 mil pessoas deixaram de comparecer aos postos para receber a segunda dose. Seguindo modelo adotado em outras cidades, os dois apontaram a criação de um cadastro para convocação imediata mediante disponibilidade das doses como solução para o impasse criado pelo Ministério da Saúde.

Com a decisão do Governo, Andreza acredita que será possível reparar o erro e incluir todos os profissionais da categoria de veterinários na imunização. “Infelizmente, diante da escassez, precisamos discutir prioridades, mas é inadmissível que se discrimine um grupo de trabalhadores já inclusos no grupo”, pontuou. Já Romero, chamou de ultrapassada a “visão de que o veterinário cuida ou lida apenas com animais e, por isso, estaria fora do grupo do risco. Só defende isso quem desconhece o dia a dia das clínicas e hospitais veterinários.”