Coluna da quinta-feira

O depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarter, na CPI da Covid, foi marcado por muita confusão e bate boca. Emparedado pelos senadores da oposição, Wajngarten acabou deixando diversas perguntas sem respostas e chegou a ser acusado de tentar obstruir as investigações. As contradições nas explicações do ex-secretário levaram alguns parlamentares a pedirem sua prisão, negada pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD).

A falta de uma postura mais firme de Omar pode abrir precedentes para que os próximos convocados se comportem da mesma maneira que Wajngarten, principalmente o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que acabou cancelando sua participação na oitiva que estava marcada para o dia 5 de maio. De acordo com sua assessoria, ele teve contato com pessoas contaminadas pelo coronavírus e, por isso, pediu para não comparecer.

Enquanto Wajngarten desmentia a revista Veja durante seu depoimento na Casa Alta, o periódico divulgou o trecho de um áudio em que o ex-chefe da Secom disse que houve incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição de vacinas. Ele chegou a confessar que o Planalto demorou dois meses para responder uma carta em que a Pfizer ofertava o imunizante, mostrando negligência. O que vai ficando mais nítido após os depoimentos é que a CPI ainda tem muito a revelar.

Tumulto – Sentindo um ambiente desfavorável para o Planalto, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) surgiu no decorrer do depoimento de Wajngarten e em poucos minutos instalou uma tensão na comissão, desferindo uma dura fala contra Renan Calheiros (MDB), que não deixou barato e retrucou. Após o incidente, a sessão foi suspensa.

Ausência – Capitaneado pelo líder do PDT na Câmara Federal, Wolney Queiroz, o partido realizou um encontro virtual ontem (12), com a presença de mais de 100 filiados e simpatizantes do partido em Pernambuco. A principal atração foi o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. As principais lideranças da legenda no estado estiveram presentes, menos o deputado Túlio Gadêlha, que abriu dissidência na eleição do Recife.

Articulação – Por falar em PDT, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, foi nomeada ontem (12) embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance. Trata-se de uma coalizão global de entidades dedicadas ao urbanismo sustentável, com foco no financiamento de ações climáticas e de infraestrutura resiliente de baixo carbono em cidades de todo o mundo.

Reforço – A bancada do PP deve receber um importante reforço. O deputado estadual, Henrique Queiroz Filho, atualmente no PL, deve migrar para o partido presidido pelo deputado Eduardo da Fonte. Atualmente, o seu pai, o ex-deputado Henrique Queiroz, comanda o ITERPE, órgão dentro da estrutura comandada pelo PP no Governo do Estado.

Boa ação – A partir de agora, bicicletas apreendidas em Pernambuco por atos ilícitos, como roubos e furtos, serão doadas para estudantes de escolas públicas. É o que prevê uma lei de autoria da deputada estadual Fabíola Cabral (PP). Para ter direito ao benefício, o aluno precisa seguir alguns requisitos, como estar matriculado e ter renda familiar menor ou igual a um salário mínimo.