Representando a coligação Recife Cidade da Gente, João Arnaldo (PSOL), candidato a vice-prefeito na chapa de Marília Arraes (PT), esteve na Associação Pernambucana de Cegos (Apec) para participar do seminário “o que pensam as candidaturas a Prefeitura da Cidade do Recife sobre as políticas públicas para a pessoa com deficiência”. A sabatina aconteceu nesta quinta-feira (29).
Para além das questões estruturais da Cidade, o psolista discutiu também formas de melhor garantir o fortalecimento do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência. “Outro grande problema da gestão atual é que o Conselho Municipal não tem a menor autonomia. Como existe um órgão que não dialoga com as pessoas?”, questionou João Arnaldo. “A nossa gestão vai especificar um financiamento para garantir a efetividade do Conselho”, concluiu.
Respeitando o distanciamento social estabelecido pelas autoridades sanitárias, o debate contou com um público reduzido, sendo transmitido também pelas redes sociais da Apec.
João Arnaldo iniciou seu discurso ressaltando que apenas um “gestor que tenha sensibilidade, como Marília Arraes”, pode construir uma cidade que em suas políticas públicas prioriza as pessoas. “O que as gestões do PT provaram para o País é que a solução do País, a solução para os problemas do Brasil é colocar a periferia no centro da política. Nós somos apenas apenas militantes políticos que temos o papel de liderar o processo. Uma gestão se faz com a participação das pessoas, ouvindo as pessoas”, assegurou Arnaldo.
Eclinton, candidato a vereador do PSOL que é surdo, também discursou em libras e teve sua fala traduzida para o português. Afirmando que a chapa formada por Marília Arraes e João Arnaldo são uma chapa verdadeiramente representativa e que pautam as políticas públicas intensamente. O vereador Ivan Moraes (PSOL), também esteve presente na sede da Associação para acompanhar o encontro. O parlamentar foi o primeiro vereador do Recife a fazer um discurso inteiro em libras na tribuna da Câmara Municipal.
Ainda sobre representatividade e diretos, o próprio Antônio Muniz, Primeiro Secretário da Apec, responsável pela condução da sabatina, reforçou a importância do governo do PT nas reivindicações pelo direitos a políticas públicas inclusivas, demonstrando a importância das gestões de governos progressistas.
Dando sequência ao debate, João Arnaldo explicou o histórico de trabalho de Marília em prol da inclusão, reiterando que ela não é uma pessoa que “aparece de 4 em 4 anos para conversar com os eleitores”. A chapa, afirmou ele, trabalha e desenvolve suas políticas e discussões em torno da temática. Marília, rememorou João Arnaldo, já esteve na Apec no ano passado para debater a reforma da Previdência, sob a ótica da integração.
Outro ponto abordado durante a sabatina, foi a questão das calçadas, João levantou um ponto importantíssimo, porém, pouco discutido, sobretudo na atual gestão, que são as calçadas adaptadas nas periferias. “Muitas pessoas que são cegas, estão nas periferias do Recife. A prefeitura tem o dever de levar a inclusão não apenas aos bairros ricos, mas em todos os cantos da cidade”, defendeu.