Buscando um posicionamento sobre a regularização no nível do volume mínimo de água da barragem do Goitá, localizada em Paudalho, na Mata Norte do estado, o deputado estadual Gustavo Gouveia (DEM) se reuniu com diretores da Compesa. O encontro foi marcado após o parlamentar visitar a barragem e constatar as dificuldades dos agricultores familiares e aquicultores que utilizam a água.
Na ocasião, o parlamentar solicitou um parecer técnico da Compesa, considerando que o limite de água na barragem está em dois metros, quando o habitual é de 15 metros, prejudicando os agricultores familiares que utilizam a área. Além disso, a barragem, que beneficia cerca de 1.500 famílias, cinco assentamentos e três municípios, está inadequada para a criação de peixes em tanques redes, impossibilitando o trabalho de aquicultores da localidade.
“Os aquicultores estão utilizando a água residual da reserva morta para o cultivo de peixes, o que não é adequado. E, além de tudo, o local está composto por muita lama, devido aos detritos das chuvas, dificultando ainda mais o processo desses trabalhadores”, explica Gustavo Gouveia, que recebeu representantes do grupo em seu gabinete, pouco antes do início da pandemia da Covid-19.
“Além da impossibilidade da criação de peixes e prejuízo aos agricultores familiares, a atual situação ainda está deixando margem para a ocupação de terras que antes eram cobertos pela água. As pessoas estão construindo moradias de forma irregular, o que futuramente pode ocasionar acidentes na região”, ressalta o parlamentar, enfatizando os riscos de acidente que a construção inapropriada pode provocar.
Na reunião estavam presentes: Luiz Carlos do Sindicato e Josineide Maria, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paudalho; e José Tavares da Silva, da Colônia de Aquicultores e Pescadores Z34 de Paudalho. E os representantes da Compesa: Mário Heitor, diretor de operações, e Manuela Coutinho, diretora presidente.