Na última sexta-feira (28) o presidente da OAB Caruaru, Fernando Júnior, e a vice-presidente, Lucia Cardozo, se reuniram com diversos representantes, na sede da instituição, para debater sobre a situação dos imigrantes venezuelanos que têm ocupado as principais ruas do centro de Caruaru em situação de mendicância, desde o final de 2019.
Na reunião, que também contou com a presença de conselheiros e representantes das comissões de Direito Humanos e Direito Institucional da subseccional, foram discutidas a atual situação dos imigrantes e as intervenções já realizadas pelos órgãos responsáveis. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru enviou ofício à OAB detalhando os procedimentos que já foram executados, através da equipe de abordagem social, e detalhou em que patamar a situação se encontra. O documento norteou a reunião e agregou conhecimento aos presentes sobre a situação dos refugiados, que também ocupam outras cidades da região, a exemplo de Gravatá, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.
A secretaria também informou através do documento que “trata-se de venezuelanos indígenas da etnia Warao, que em sua grande maioria participou do programa de interiorização de imigrantes do Governo Federal, do qual um grupo de 317 venezuelanos chegaram ao Recife e foram distribuídos entre as cidades de Igarassu, Recife e Carpina.”
“Nosso intuito é tomar conhecimento da situação e ajudar no que for necessário, na busca de soluções que minimizem a situação de vulnerabilidade dos refugiados, através das nossas comissões de Direitos Humanos, Direito Constitucional e Relações Internacionais”, pontuou o presidente Fernando Júnior.
Representantes do Serviço Pastoral dos Migrantes em nível Nordeste e Nacional também estiveram presentes e contribuíram com o conhecimento acerca do tema e os principais desafios enfrentados com a abordagem e acolhida dos refugiados.
A reunião foi formada por representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru (SDSDH), Serviço Pastoral dos Migrantes, Fundação Santuário das Comunidades, CNBB, Prefeitura de Caruaru, CRAS Bonança, CREAS e Centro POP, além de representantes de partidos e de políticos da região. Na ocasião, foi criado um comitê para estudo, assistência e acompanhamento dos refugiados.