A deputada estadual Teresa Leitão (PT) posicionou-se contrária a dois votos de aplausos em favor do presidente Bolsonaro que ofereciam parabenização de atividades administrativas do governo federal. Teresa Leitão e mais 10 deputados votaram contra e outros 16 deputados votaram à favor.
No tempo de liderança, a parlamentar criticou duramente deputados estaduais que fizeram o gesto da arma, símbolo da campanha eleitoral de Bolsonaro.
“Não sei o que é que tem de bonito e de engraçado, louvar um presidente da República que faz do ódio, do assassinato, do feminicídio, da matança, do genocídio de índios e negros coisas de menos importância”, disse ela.
Teresa criticou diretamente o deputado do PP, Joel da Harpa, que gesticulou a “arminha” quando estava na Mesa Diretora da Alepe.
Para Teresa, além de ressaltar a violência, o deputado bolsonarista estava em um espaço de representação do Legislativo Pernambucano (A Mesa Diretora). “A Casa está como uma instituição da sociedade. Cada um faz com seu mandato o que quer, mas as coisas que dizem respeito a convivência da Alepe, devem ser respeitadas”, afirmou.
“O sinal que eu fiz aqui eu faço aqui e faço em qualquer lugar”, disse o deputado bolsonarista. “Quero dizer que o presidente Bolsonaro nunca colocou nenhuma palavra contra índio e contra negro”, afirmou Joel da Harpa, esquecendo o histórico de violências verbais deferidas cotidianamente pelo presidente de extrema-direita.
A codeputada Jô Cavalcanti (PSOL) e o deputado Waldemar Borges (PSB) também fizeram pronunciamentos contrários aos votos de aplauso para Bolsonaro, assim como os deputados João Paulo (PCdoB) e Doriel Barros (PT) foram solidários à deputada Teresa Leitão.