José Múcio revela não ter mais pretensões políticas para o futuro

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Publicado por Karol Matos
22 de maio de 2024 às 14h35min
Foto: Priscila Mesquita

Ministro da defesa do governo Lula, o pernambucano José Múcio Monteiro recebeu o Blog Cenário em seu gabinete para uma entrevista nesta terça (21). Entre os diversos assuntos, ele falou sobre a valorização e o novo momento que vivem as Forças Armadas no país, além das suas pretensões para o futuro.

Ex-prefeito, cinco vezes deputado federal, ex-presidente da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), do Tribunal de Contas da União e tendo passagens como secretário municipal, estadual, além de ministro de estado, Múcio não apenas coleciona experiências, mas também um honroso histórico de boas relações, dito espirituoso e conciliador. Na semana passada, o presidente Lula fez um registro sobre o perfil do ministro que foi responsável por pacificar a relação entre Governo e Forças Armadas. Para José Múcio, este é um novo momento.

Eu tenho absoluta certeza que a relação do presidente da República com as Forças Armadas hoje é como nunca foi. Primeiro, ele tem confiança nas Forças Armadas, conhece o trabalho das Forças Armadas. Ninguém tem o entusiasmo que ele tem pelas forças. Evidentemente, que o entorno que todo político tem cria dúvidas e faz algumas queixas, mas essas coisas estão sendo dissipadas, essas coisas estão sendo superadas. Realmente, ele tem razão quando ele diz que eu sou um pacífico. Eu sou um homem que acredito que a gente pode estar armado de argumentos para enfrentar um bom combate. Quando você precisa falar mais alto, é porque você está começando a perder a razão. E a razão é a principal ferramenta de quem é um democrata convicto”, analisou o ministro.

Em 2022, o nome de José Múcio chegou a ser lembrado para disputar um cargo eletivo por Pernambuco, o que não aconteceu. Ele não demonstra mais interesse em enfrentar uma eleição, mas garantiu que pretende continuar ajudando o estado.

Você não pode imaginar como eu sou feliz em não me ver mais nisso. Primeiro, eu tenho 75 anos. Os horizontes, para quem tem 75 são engraçados, porque você começa a enxergar que o horizonte não é tão distante como a gente pensa quando é jovem. Eu já tenho muitos anos de serviço para o Estado de Pernambuco. Eu quero ser ajudante”, disse num primeiro momento.

Eu quero sonhar com um Pernambuco mais justo e melhor para as gerações que estão vindo por aí. A gente precisa pensar menos na próxima eleição e mais na próxima geração”, completou o ministro. Quando questionado se, na função de auxiliar, poderia chegar aos 150 anos atuando na vida pública, ele brincou: “pelo menos votando, eu vou”, finalizou.

Karol Matos

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