Débora e Socorro defendem integridade e repudiam incitação à violência durante reunião da CCLJ

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Publicado por Karol Matos
1 de abril de 2024 às 18h45min
Imagem: Reprodução/Roberto Soares

O clima esquentou bastante na reunião da Alepe, nesta segunda (1º), durante o debate em relação ao projeto proposto pelo Governo do Estado, que prevê o fim das faixas salariais para militares da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Durante a fala de Joel da Harpa (PL), Socorro Pimentel (UB) criticou a situação preocupante a qual os parlamentares foram expostos na reunião da CCLJ da semana passada. Segundo Socorro, os deputados, principalmente Débora Almeida (PSDB), única mulher do colegiado, ficaram numa situação intimidatória durante o debate. Sem citar o nome de Joel, ela ainda sugeriu que o parlamentar que representa a categoria, inflamou os militares contra os colegas.

“Cabe a gente, quando a gente lidera uma categoria, a gente pelo menos abrandar os ânimos, mas não foi o que alguns deputados fizeram aqui. Ao contrário, incitaram, fizeram com que as pessoas ficassem sem saber pelo que estavam reclamando […] A gente tem a Casa lotada, um ambiente lotado, sobretudo por homens, que venham ameaçar a integridade física dos deputados, e existem colegas incitando a violência, incitando para que eles usem palavras contra os deputados. É por isso que me solidarizo a todos os deputados que estavam na mesa, principalmente à deputada Débora Almeida”, disse Socorro.

Na ocasião, o Coronel Alberto Feitosa (PL) até tentou acalmar os presentes, mas não conseguiu. Relatora do projeto, Débora ficou na mira dos militares que bradavam contra os deputados e precisou ser escoltada para conseguir deixar o auditório onde acontecia a reunião. Ela foi direta, afirmando que Joel da Harpa estava estimulando os policiais e bombeiros a serem violentos.

“O senhor estava inflamando, não venha dizer que não estava, porque o senhor estava do meu lado. E as pessoas ficaram agressivas, sim, até por conta do calor, do clima como foi feito, da incitação. Isso é muito ruim”, disse Débora.

Joel, por sua vez, afirmou que a colega estava mentindo. Débora, então, subiu o tom. “O senhor não me conhece. Eu não admito que o senhor venha faltar com respeito comigo. Eu não preciso mentir, porque a verdade todo mundo viu naquele dia, basta ir nas suas redes sociais e olhar. O senhor estava, sim, incitando as pessoas do meu lado”, rebateu.

Depois da discussão acalorada no plenário da Casa, o que se espera é que pelo menos amanhã (2), na CCLJ, haja uma clima diferente da hostilidade a qual os deputados foram submetidos na semana passada.

Karol Matos

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