O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu nesta terça-feira (14) com representantes das principais empresas do setor com objetivo de encontrar soluções para baratear o preço dos bilhetes. Durante o encontro, Costa Filho destacou que as tarifas praticadas atualmente pelas empresas dificultam a democratização do transporte aéreo. “Esses aumentos exorbitantes no setor têm prejudicado o bolso do povo brasileiro e nós não vamos permitir que o trabalhador pague caro para viajar”, destacou.
Desde o início do novo Governo Federal, o Ministério de Portos e Aeroportos vem mantendo constante interlocução com as empresas aéreas, a fim de discutir medidas que possam ser implementadas para reduzir os preços das passagens aéreas no Brasil. O ministro ressaltou que a diminuição da tarifa de transporte aéreo ajudará o país a avançar no desenvolvimento do Turismo.
“Esse ano nós vamos ter um crescimento na aviação brasileira, saindo de 89 milhões de passageiros para quase 100 milhões”, acrescentou Costa Filho.
Após a reunião com o setor, Silvio Costa Filho concedeu entrevista coletiva aos jornalistas e esclareceu que as empresas aéreas se comprometeram a apresentar, nas próximas semanas, um plano concreto de redução dos valores das passagens a curto prazo. “O que a gente tá buscando é o diálogo com todos os agentes do setor, porque são das diferenças que se constrói as convergências”, apontou.
O titular do MPor também reforçou que o ministério tem trabalhado junto ao Congresso Nacional para aprovar medidas que possam incentivar o fomento da aviação nacional.
“Estamos buscando alternativas e fazendo um trabalho de convencimento com todos os agentes sobre a importância de termos tarifas mais baratas no país, como a aprovação do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) e o estímulo de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, concluiu.
Custos do setor
Os valores cobrados pelas passagens estão diretamente relacionados à estrutura de custos das companhias. Entre as ações que podem gerar redução no preço das passagens estão a queda no preço do combustível de aviação (QAv), responsável por 40% do preço da passagem, a diminuição do excesso de judicialização das relações de consumo nesse setor, a redução (ou não elevação) da tributação incidente sobre a aviação civil e, por fim, o estímulo à concorrência e à entrada de novas empresas aéreas no mercado brasileiro, que já está em andamento.