Privatização da Compesa pode gerar até R$ 12 bilhões em receita para o Estado, diz deputado

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Publicado por Karol Matos
23 de agosto de 2023 às 10h15min
Foto: Américo Rodrigo

Recentemente, o Governo do Estado assinou um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para elaborar um estudo sobre a possibilidade de privatização da Companhia Pernambucana de Saneamento. A medida vêm sendo criticada pelos deputados de oposição, que defende a reestruturação da Compesa, por meio do próprio Estado.

Neste mês, a Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública para debater os impactos que a privatização pode causar. Quando o estudo contratado pelo BNDES for concluído, o Estado deve confeccionar o projeto para enviar para votação, o que provavelmente acontecerá apenas no próximo ano.

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe, que é a mais importante da Casa e a primeira que julgará a proposta quando começar a tramitação, tem o deputado Antônio Moraes (PP), como presidente. Em entrevista ao Blog Cenário e Cultura FM, ele defendeu que a privatização seja concretizada.

“Na maioria das vezes, a gente sabe que tem água. O que há é uma má operacionalização da Compesa para conseguir entregar essa água, em virtude de um sistema arcaico, antigo, de estações de tratamento de água pequenos… As populações das cidades cresceram muito, as pessoas saíram da área rural e foram morar nas pequenas cidades do interior e também nas cidades de porte médio. E, infelizmente, a Compesa não acompanhou esse crescimento e está aí o racionamento e a dificuldade”, afirmou Moraes.

Segundo o deputado, politicamente, a Compesa gera um desgaste para qualquer gestor que ocupe a cadeira do Palácio do Campo das Princesas. Antônio Moraes revelou que a privatização da Compesa deve gerar receita para que o Estado invista em outras áreas.

“Se a governadora conseguir fazer a concessão bem feita, ela vai ter entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões para fazer investimento em saúde, educação, estradas e segurança pública aqui em Pernambuco. Por outro lado, a Compesa hoje é um péssimo eleitor. Há uma reclamação enorme da população pernambucana, principalmente das cidades do interior e da periferia das grandes cidades, que não conseguem receber a água que deveria estar ali no dia a dia na sua casa. Então, isso traz um desgaste político enorme para qualquer governo. Não é só o governo de Raquel, para qualquer governo”, enfatizou.

Karol Matos

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