A deputada Débora Almeida (PSDB) concedeu uma entrevista ao Blog Cenário e à Cultura FM, falando sobre os trabalhos legislativos neste segundo semestre. Nos seis primeiros meses de mandato, uma das principais dificuldades enfrentadas pelos 49 deputados foi na relação entre a Alepe e o Palácio do Campo das Princesas que travaram uma verdadeira guerra nesse período. Durante o recesso, a chave começou a girar e alguns deputados passaram a aderir à base da governadora Raquel Lyra (PSDB).

Líder do partido tucano na Casa de Joaquim Nabuco, Débora Almeida ressaltou a importância do diálogo que começou a ser construído entre os poderes, que resultou nessa boa relação que começou a ser construída.

“Muita coisa já está se resolvendo. É normal, quando se tem uma mudança… foram 16 anos, então, no início tinha muita coisa que o Governo também estava se inteirando e se organizando. E a gente já vê uma melhor resolução de projetos, de programas. A gente está ainda aprimorando, tem muita coisa também que pode melhorar e, por parte do Governo, eu já vejo também uma disposição para que isso possa acontecer de uma forma bem parceira”, disse. 

Débora foi o nome apoiado pelo prefeito Rodrigo Pinheiro, em Caruaru, no ano passado. Ela garantiu que pretende contribuir com o projeto de reeleição do gestor.

“A gente vê que Rodrigo vem trabalhando, dando continuidade a um trabalho que ele já fazia parte. E a gente vai estar lá, vamos estar lá, junto com o Rodrigo, junto com os nossos vereadores”, garantiu.

Presidente da Comissão de Finanças, uma das mais importantes da Assembleia Legislativa, a deputada Débora Almeida destacou que uma das prioridades nas próximas semanas é o início da discussão do orçamento para 2024. Em audiência recente, o secretário de Planejamento do Estado levou um diagnóstico que apontou déficit nos próximos dois anos. A LDO começará a tramitar na Comissão já a partir de amanhã (23). Já a LOA e o PPA chegarão à Casa a partir de outubro.

Débora também foi responsável por levantar o debate para evitar que a gripe aviária chegue a Pernambuco. Ela intermediou uma reunião de representantes do setor com a governadora e pediu não só o reforço na fiscalização da Adagro mas, principalmente, recursos através da Adepe e do Banco do Nordeste para que pequenos criadores possam fazer as adaptações necessárias.

“Pernambuco tem uma grande importância na avicultura. É o 4° maior produtor de ovos do Brasil e o 9° de carne de frango. Ou seja, gera muitos empregos. São mais de 170 mil empregos. Se chega nessa cadeia produtiva, você deixa de produzir a carne de frango, você deixa de produzir o ovo que são as proteínas mais presentes na vida do povo pernambucano”, explicou.