A Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha liderou, ontem (28), a primeira reunião ordinária do Grupo de Trabalho da Escola de Formação e Graduação de Sargentos de Carreira do Exército. O comitê foi criado com o objetivo de viabilizar o projeto de construção da Escola de Sargentos do Exército (ESA) na Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, sem prejuízo ao meio
ambiente.

O GT, definido pela governadora Raquel Lyra, é formado pelo corpo do secretariado do estado – Semas, Assessoria Especial, Casa Civil, Casa Militar, Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Agência Estadual de Meio Ambiente, Procuradoria Geral do Estado, Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento e Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional -, por representantes do Comando Militar do Nordeste e do Ministério da Defesa, por representantes das universidades Federal de Pernambuco e Federal Rural de Pernambuco, por representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e por representantes da sociedade civil – Fórum Socioambiental de Aldeia e Assembleia Legislativa de Pernambuco.

“A Semas tem tratado com o máximo de cuidado e respeito os aspectos envolvendo a APA Aldeia-Beberibe. Mas sabemos que o Estado não pode abrir mão de projetos econômicos de grande porte como o da ESA, desde que esses garantam a proteção ao meio-ambiente. Então, precisamos estabelecer um diálogo que consiga definir o melhor produto para Pernambuco, tanto no aspecto ambiental quanto no de desenvolvimento”, frisou a secretária da Semas-PE, Ana Luiza Ferreira, durante a reunião que aconteceu na sede da CPRH, no Poço da Panela.

Neste primeiro encontro, a pauta definida foi a apresentação e defesa do Projeto da Escola de Sargentos do Exército, feita pelo Gerente do Projeto da ESA no Grande Recife, o general Joarez Alves Pereira Junior. Na ocasião, o general detalhou o mapa da APA Aldeia-Beberibe, destacando as áreas exatas onde pretendem instalar os centros previstos no projeto.

Joarez também destacou que um complexo militar-acadêmico dessa magnitude exige da planta algumas características específicas, pela própria atividade que será exercida no local, como por exemplo áreas planas para a construção de pistas de treinamento e um polígono de segurança para atividades educacionais de tiro e granada.

“O Exército decidiu trazer este complexo educacional para o Nordeste por uma série de razões, entre elas a existência do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC) e a ausência de uma estrutura desse porte no Nordeste. Aqui temos outras questões estratégicas, como a existência de aeroporto próximo ao local do completo”, afirmou o general Joarez Alves.

Até a próxima semana será definida a data e a pauta para a próxima reunião do GT ESA.