O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), teve seu nome mais uma vez ligado às investigações que apuram um suposto desvio de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Informações reveladas em reportagem da Revista Piauí trouxeram que a Polícia Federal encontrou uma espécie de caderno-caixa com anotações de pagamentos a uma pessoa chamada “Arthur”. O material foi encontrado durante buscas em um endereço de Wanderson de Jesus, motorista de Luciano Cavalcante, que é ex-assessor de Lira.

De acordo com o relatório da PF, o nome “Arthur” aparece diversas vezes com indicativo de transferências que ultrapassam R$ 265 mil. No mesmo caderno também há transferências para alguém chamado “Álvaro”, mesmo nome de um dos filhos de Lira, “D. Ivonete”, nome parecido com o da mãe do parlamentar, Ivanete.

Outras coincidências que reforçam as suspeitas ao presidente da Câmara são um pagamento para o “Hotel Emiliano”, estabelecimento onde Arthur Lira costuma se hospedar quando vai a São Paulo, além de transferência para uma pessoa chamada “Djair”. Na equipe do gabinete de Lira existe um secretário chamado Djair Marcelino, que já chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como integrante de um suposto esquema de rachadinha comandado por Arthur Lira na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Em nota enviada ao Metrópoles, a assessoria do deputado afirmou: “toda a movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”.