CPI do MST esquenta debate na Assembleia Legislativa

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Publicado por Américo Rodrigo
19 de maio de 2023 às 09h35min
Foto: Roberto Soares

A instauração da CPI do MST pela Câmara Federal foi comemorada pelo deputado Pastor Júnior Tércio (PP). Segundo ele, o novo colegiado deve investigar a atuação do movimento, o propósito dos integrantes e os financiadores das atividades. “Lamento a fala dos integrantes do governo Lula exaltando essa ideologia que a população já não aceita mais. Quando nós falamos do MST, não cabe aqui falar de ocupação, mas de invasão”, afirmou.

Renato Antunes (PL) argumentou que a CPI é um instrumento regimental, republicano e democrático, que precisa ser respeitado. Ele falou da expectativa de que o tema da reforma respeitado. Ele falou da expectativa de que o tema da reforma agrária seja discutido “à luz da lei” e sem “paixão. “Sabemos que, no Brasil, há de fato uma concentração de terra na mão de poucos. Entretanto, não se discute reforma agrária com faca e foice, invadindo propriedade alheia”, disse. 

Na mesma linha, Abimael Santos (PL) fez críticas ao MST e afirmou que “quem não deve, não teme”, ao se referir à instauração do colegiado. Pastor Cleiton Collins (PP) e Henrique Queiroz Filho (PP) defenderam que o Poder Público trabalhe no sentido de facilitar a aquisição de terras pelos agricultores.

A deputada Rosa Amorim (PT), por sua vez, saiu em defesa do MST. Ela afirmou que a CPI poderia estar fadada ao fracasso, mas que deverá servir para mostrar a essência do movimento. “É uma oportunidade da gente apresentar à sociedade o que, de fato, o MST faz:  agroecologia, produção de alimentos saudáveis e solidariedade”, pontuou. 

Doriel Barros (PT) acredita que colocar os sem-terra no papel de invasor pode passar uma imagem equivocada do movimento para a sociedade. Para Dani Portela, a CPI é uma “cortina de fumaça” que veio para mascarar o que ela chamou de “atrocidades dos últimos quatro anos de Governo Bolsonaro”.

Américo Rodrigo

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