Foram divulgadas, nesta quinta-feira (12), mais informações que estavam sob sigilo de 100 anos decretado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, as informações são referentes ao uso do cartão corporativo. As despesas giram em torno de R$ 27,6 milhões, com estadias em hotéis de luxo e diversos gastos pessoais como em sorveterias e lojas de cosméticos.

De acordo com reportagem do Estadão, dos 59 tipos de despesas feitas com o cartão, os gastos com hotel foram os que mais consumiram recursos. Pelo menos R$ 13,6 milhões foram desembolsados em hospedagem.

Outra despesa que chama atenção são as compras em um acanhado restaurante de Boa Vista, em Roraima. Há uma nota de R$ 109 mil no “Sabor de Casa”, estabelecimento que fornece marmitas promocionais a R$ 20 e também faz entregas.

Também em panificadoras, os gastos em vários estabelecimentos passavam de R$ 10 mil. Por 20 vezes ao longo do mandato de Bolsonaro, foram realizados gastos significativos em uma das filiais da padaria carioca Santa Marta. Ao todo, o estabelecimento recebeu R$ 362 mil do cartão corporativo da presidência.

O paladar infantil e a predileção por doces, muitas vezes confessados por Bolsonaro, aparecem em números. Em cinco sorveterias foram feitas 62 compras, que somaram R$ 8,6 mil. Em um mercado gourmet de Brasília, conhecido por quem aprecia a alta gastronomia, foram realizadas 1,2 mil compras, somando R$ 678 mil.

Também estavam em sigilo seis gastos com alimentação para animal, realizados em um pet shop de Brasília, e mais 11 notas fiscais em lojas de cosméticos, que chegam a R$ 2,8 mil, além de compras na filial da Havan no Distrito Federal, artigos em lojas de caça e pesca e serviço de antena parabólica.