Coluna da terça

Coincidências à parte, justamente no dia em que o presidente Jair Bolsonaro coloca os pés no Sertão de Pernambuco para inaugurar o Ramal do Agreste, Miguel Coelho (DEM) faz o caminho contrário. O gestor sertanejo vai fazer um giro por municípios de outras regiões, em busca de fortalecer seu nome para a disputa eleitoral do próximo ano.

Pouco antes de se filiar ao Democratas, que logo em breve passará a se chamar União Brasil, Miguel não descartou liderar um palanque para Bolsonaro em Pernambuco. Mas, naturalmente, essa é uma ideia que ficará no passado, considerando a hipótese de que o seu partido já demonstrou interesse em apresentar uma candidatura presidencial.

Na última visita do chefe do Planalto ao estado, Miguel Coelho não compareceu a nenhuma das agendas. O “sumiço” logo foi interpretado pelos apoiadores do presidente como ingratidão, já que nos últimos anos ele não economizou no envio de recursos para Petrolina. Chegará o momento em que esses desencontros não serão motivados apenas por choque de agenda, mas de projeto.

Investimento – O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, desembarca hoje em Petrolina para anunciar uma nova etapa do projeto de irrigação Pontal. Junto com o prefeito Miguel Coelho (DEM), o auxiliar de Bolsonaro assinará a ordem de serviço das obras da área norte do empreendimento. O complexo deve gerar até 12 empregos.

Maioria – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, em entrevista à Veja, acreditar que a maioria dos progressistas “aceita de bom grado” a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Atualmente o PP é aliado ao presidente, mas, em outros tempos, já esteve com Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Rejeitado – A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por rejeitar a ação movida pelo PSOL que denunciou as ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O partido listou o não uso de máscara e críticas às medidas sanitárias para o combate da Covid-19. Os ministros entenderam que a ação não tem condições processuais de tramitar por ser genérico e não apontar com precisão e clareza os atos questionados.

Reação – Após o MST ser acusado por um apoiador de Bolsonaro de ocupar e depredar casas na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, o movimento promete reunir provas para processar o responsável pelo vídeo produzido no conjunto habitacional. Os sem terra prometem ir até o local na próxima sexta-feira (22), para desfazer o boato.

Suspense – Logo após o encontro com a vereadora Perpétua Dantas (PSDB), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ainda se reuniu com outro parlamentar a nível municipal, que em conversa com a coluna, afirmou que preferiu manter discrição sobre a agenda para não atrapalhar possíveis movimentos futuros que possam vir a acontecer.