Cenário Político: PDT acredita em Ciro Gomes no 2° turno

Cenário Político
Publicado por Américo Rodrigo
26 de junho de 2021 às 00h00min
Foto: Marcelo Camargo

Coluna do sábado

Ao ver a popularidade de Bolsonaro despencar após ser pressionado pela CPI da Covid, dirigentes do PDT acreditam que esse é o momento para que o partido apresente uma alternativa para fugir da polarização que já está formada para 2022, entre o atual chefe do Planalto e o ex-presidente Lula. De acordo com pesquisa Ipec divulgada na última quinta (24), Ciro Gomes (PDT) apareceu com 7% das intenções de voto, sendo o melhor colocado entre os que buscam se projetar como 3ª via.

Em conversa com a coluna, o líder do PDT na Câmara Federal, Wolney Queiroz, observou que a popularidade de Bolsonaro se deteriora rapidamente, restando saber como ele chegará em julho do próximo ano. O deputado também atenta para a questão econômica, afirmando ser um outro fator importante para o próximo ano, podendo eleger um candidato como também arruinar uma reeleição.

Em 2018 Ciro travou um bom debate, mas com 12,47% dos votos ficou de fora da disputa final. Diferente daquele ano, os pedetistas decidiram apostar no marqueteiro João Santana para tentar alavancar o presidenciável. Os primeiros materiais publicados ainda não surtiram o efeito esperado. Na série de vídeos, Ciro Gomes apresenta suas propostas para o país. Mais do que uma comunicação eficiente, a sigla vai precisar avançar nas costuras para atrair o apoio de outros setores, para só depois pensar em um eventual 2° turno.

Posicionamento – Enquanto acontecia a sessão histórica da CPI da Covid que trouxe informações importantes sobre a negociação da vacina Covaxin, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) usava uma das suas redes sociais para chamar Bolsonaro de corrupto. No mesmo texto, o pedetista pede o impeachment do presidente.

Revelação – Já no fim da sessão que teve mais de 7h de duração, o deputado Luís Miranda (DEM), afirmou à CPI que o presidente Jair Bolsonaro citou nominalmente o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), ao ouvir denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Com a revelação, os trabalhos na CPI devem avançar para uma nova fase.

Defesa – Após acusação, o deputado Ricardo Barros (PP) negou nas redes sociais que tenha participado de alguma negociação relacionada à compra da vacina Covaxin e também que tenha indicado uma servidora do Ministério da Saúde para a função. Mas não é o que consta no Diário Oficial da União, que comprova a nomeação de Regina Célia.

Clima quente – Durante um dos intervalos da CPI, o senador Marcos do Val (Podemos) e o deputado Luís Miranda (DEM) trocaram empurrões. Sobrou para Humberto Costa (PT), Eliziane Gama (Cidadania) e Randolfe Rodrigues (Rede) que precisaram impediram um princípio de confusão.

Exaltado – Chamou a atenção a postura do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) durante o depoimento dos irmãos Miranda. Por diversas vezes o pernambucano elevou o tom da voz, parecendo prever o prejuízo que poderia causar ao Planalto. Não demorou muito para os memes de FBC ganharem as redes sociais.

Américo Rodrigo

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