A professora Erika Suruagy, vice-presidente Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe), é alvo de uma ação criminal movida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, como forma de intimidação.
Durante a reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada nesta quinta-feira (11), a deputada Teresa Leitão (PT) prestou solidariedade à professora e repudiou o episódio que ela classificou como um “fato lastimável de censura”.
Além disso, a deputada também reforçou que o cargo de presidente não dá a Bolsonaro o direito de perseguir opiniões políticas. “Me somo às inúmeras manifestações de apoio, inclusive da própria reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco […]. O processo criminal tenta calar os opositores ao governo, sim”, disse Teresa.
Erika Suruagy é alvo da ação movida por Bolsonaro porque a Aduferpe, juntamente com outras cinco instituições, exibiu um outdoor pago – e com declaração de pagamento efetivada – com os seguintes dizeres: o senhor da morte chefiando o país. No Brasil, mais de 120 mil mortes por Covid-19.
“Na época da veiculação eram 120 mil mortes. Hoje, já são mais de 270 mil mortes por Covid-19. Aonde chegaremos? Isto é um presidente da República ou um senhor da morte?”, questionou Teresa. A deputada frisou ainda que a honra do presidente não foi abalada pelo outdoor.
“A lei da mordaça que Bolsonaro quer impor nas universidades não vai nos calar. A professora Erika Suruagy é uma das lideranças profissionais e sindicais mais respeitadas no país pela sua conduta, compromisso e nível político e profissional. Toda nossa solidariedade. Não é crime denunciar o caos, não é crime defender a vida, não é crime alertar o povo. Bolsonaro quer intimidar sindicalistas, professores, cientistas, servidores públicos, mas não nos calará”, completou.