Coluna do sábado
Diferente da estratégia adotada pela cúpula do Partido dos Trabalhadores em 2018, que lançou o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) praticamente na véspera da eleição presidencial, dessa vez parece que a tática será diferente. O petista recebeu carta branca do ex-presidente Lula para colocar o bloco na rua com vistas a eleição do próximo ano. Recentemente ele se reuniu com congressistas do partido, onde o assunto também foi debatido.
Ao que tudo indica, o campo de esquerda mais uma vez disputará a Presidência da República rachado, já que Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) também estarão no páreo. Com o maior cabo eleitoral do PT preso, Haddad conseguiu a façanha de chegar ao segundo turno, mas foi alvo de uma enxurrada de notícias falsas que contribuíram para levar Jair Bolsonaro ao Planalto.
Carente de lideranças, Fernando Haddad é visto como um dos melhores quadros do PT, mas tem como maior desafio tirar o partido do isolamento e voltar a dialogar com as camadas sociais onde Bolsonaro ganhou projeção. O antipetismo, responsável por varrer o partido dos principais centros urbanos, será um outro inimigo a ser combatido. Além de demarcar território, os petistas precisam apresentar uma agenda para o país a fim de retomar emprego e renda no período pós-pandemia.
Malas prontas – Já é dado como certo nos corredores da Câmara Federal, que o ex-presidente da Casa Baixa, Rodrigo Maia apresentará, na próxima segunda-feira (08), seu pedido de destilação ao Democratas. Sua permanência no partido se tornou impraticável após o DEM retirar o apoio ao seu sucessor na disputa pela presidência, que culminou na vitória de Arthur Lira (PP).
Acomodação – Comandado por Onyx Lorenzini, o Ministério da Cidadania deve ir para as mãos do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal. O mais cotado para assumir o posto é o deputado Márcio Marinho, bispo da Universal. Com isso, Onyx assumiria a Secretaria Geral da Presidência.
Mudança – O senador Nelsinho Trad (PSD) está entre os nomes que podem substituir Rogério Marinho no Ministério do Desenvolvimento Regional. Ele aguarda o aval do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O MDR é uma das pastas mais cobiçadas, por ser responsável por grandes obras. A previsão orçamentária este ano é de R$ 24,17 bilhões.
Líder – O deputado Sebastião Oliveira é o novo líder do Avante na Câmara Federal. O pernambucano substituirá o mineiro Luiz Tibé. Sebá, como é conhecido no meio político, está exercendo o seu 2º mandato em Brasília e ficará à frente de uma bancada composta por oito parlamentares.
Herança maldita – Na tarde desta sexta-feira (05), o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão (PP), reuniu representantes dos sindicatos dos servidores da saúde e da educação para discutir uma proposta sobre o pagamento do salário de dezembro, que não foi pago pelo ex-gestor Edson Vieira (PSDB). O pagamento será dividido em 4 vezes, com primeira parcela para março.