Coluna da quinta-feira
Eleita para ocupar a 2ª secretaria da Câmara Federal no biênio 2021-2022, a deputada Marília Arraes (PT) venceu o correligionário João Daniel (PT) na disputa pelo cargo, sendo o único espaço da Mesa Diretora em que foi necessário a realização de um segundo turno. Prevendo não ser o nome oficial do partido, a parlamentar se antecipou e registrou candidatura avulsa, sendo eleita com a ajuda do bloco liderado por Arthur Lira (PP).
O movimento independente foi alvo de críticas, interpretado pela militância como uma afronta à legenda, já que a estratégia interna era outra. Após os recentes acenos a políticos como Armando Monteiro (sem partido), Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB), sua permanência no Partido dos Trabalhadores se tornou uma dúvida. São cada vez mais frequentes os questionamentos sobre em qual partido ela disputará o próximo pleito.
A eleição da Mesa nem havia finalizado, e dirigentes do PT já comentavam que as articulações de Marília Arraes gerariam consequências. Mas também há uma parcela que defende o ato isolado, tendo em vista que até a última segunda-feira (1º) ela tinha o seu nome bancado pelos caciques petistas. Apesar da conquista pessoal, os acordos para que Marília chegasse ao poder custaram uma derrota à própria legenda. Fumar o cachimbo da paz deve ser algo cada vez mais difícil nos próximos dias.
Representatividade – Em um fato inédito, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados será composta por três mulheres, com funções diferentes distribuídas entre os sete cargos existentes. O trio é composto por Marília Arraes (PT), Rosa Modesto (PSDB) e Rosangela Gomes (Republicanos).
Referência – Aliado do deputado federal André de Paula (PSD), o caruaruense Raffiê Dellon (PSD) registrou em uma rede social a conquista do seu correligionário. De acordo com Raffiê, a chegada de André a 2ª presidência da Câmara foi fruto de “capacidade e reconhecimento”.
Notícia falsa – Ao contrário de informações que circulam nas redes sociais, a deputada federal Flordelis (PSD) não assumiu a secretaria da Mulher na Câmara. A parlamentar é alvo de representação da Mesa Diretora da Casa, enviada em outubro do ano passado ao Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar, que pode culminar na perda do mandato.
Auxílio – Em sessão solene de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o auxílio emergencial esteve presente nos discursos dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e da Câmara, Arthur Lira (PP). Eles defenderam o auxílio pago no ano passado como uma das medidas de enfrentamento à crise gerada pela pandemia de Covid-19.
Reformas – O presidente Jair Bolsonaro participou ontem (03) da sessão solene de abertura do ano legislativo do Congresso Nacional. Antes de entregar a mensagem, ele fez um discurso em que pediu ao Senado e a Câmara apoio para uma série de pautas, como pacto federativo, reforma administrativa, reforma tributária e agenda de concessões e privatizações.