Coluna da terça-feira

A falta de um posicionamento por parte do Diretório Estadual do PT sobre a permanência ou desembarque do governo Paulo Câmara (PSB) é algo que tem causado constrangimento a integrantes de uma ala petista. Desde o fim de um 2º turno acalorado entre João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que um grupo de filiados tem solicitado, através de um abaixo-assinado, a entrega dos cargos no Governo de Pernambuco.

Os autores do documento também solicitam a abertura de processos disciplinares contra membros da sigla que causaram supostos atos de infidelidade partidária durante a eleição municipal. Após o prefeito socialista ter subido o tom contra a sua adversária, o deputado e presidente estadual do PT, Doriel Barros, emitiu uma dura nota condenando o fato, que com o passar dos dias acabou perdendo efeito.

O sentimento é de que mais uma vez o pragmatismo falará mais alto e o apego pelos espaços ocupados no Governo do Estado será a grande prioridade dos caciques petistas. Atualmente o partido comanda a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, além de outros espaços que estão sendo cobiçados por outras lideranças da Frente Popular. Se houver algum rompimento pelas próximas semanas, é mais provável que ele venha do Palácio do Campo das Princesas, deixando a situação ainda mais delicada.

Silêncio – Enquanto um lado pede a saída dos que contemplam a grande estrutura do Governo de Pernambuco, o outro se mantém em silêncio. Um deles é Dilson Peixoto, ligado ao senador Humberto Costa (PT). Apesar do bom desempenho à frente da pasta que ocupa, ele é um dos alvos de críticas da militância do seu partido.

Alinhamento – Se na Câmara Federal o PT é contra o candidato apoiado por Bolsonaro, no Senado a realidade é bem diferente. O partido decidiu ontem (11), que vai votar no senador Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência da Casa. O mineiro também conta com a simpatia do Presidente da República.

Desistência – Após Bolsonaro ter sinalizado o apoio a Pacheco, os senadores Eduardo Gomes e Fernando Bezerra Coelho, ambos do MDB, desistiram da disputa. Um é líder do governo no Congresso e o outro no Senado. O partido deve definir entre Eduardo Braga e Simone Tebet.

Vítima – Em meio as discussões sobre adiar ou não o Enem por conta da Covid-19, o diretor responsável por elaborar a prova morreu nesta segunda-feira (11), depois de contrair a doença. Carlos Roberto Pinto de Souza tinha 59 anos e estava se tratando desse dezembro.