A candidata a vice-prefeita pela coligação “Recife Acima de Tudo”, Priscila Krause (DEM), reagiu às declarações do candidato Alberto Feitosa (PSC), que criticou Mendonça Filho (DEM) “por não resolver o problema de creches” do Recife quando foi Ministro da Educação. “Ele deveria assistir ao vídeo do prefeito Geraldo Julio, em Brasília, na liberação de R$ 10 milhões, feita por Mendonça, para construção de seis creches no Recife”, afirmou, ressaltando que Feitosa vai constatar que o prefeito não só agradeceu a Mendonça como reconheceu que ele é apaixonado pelo Recife.
Na avaliação de Priscila Krause, o candidato Alberto Feitosa deveria conhecer a dinâmica de repartição de competências entre os entes federativos no âmbito da educação, sobretudo porque já passou pelo Executivo como secretário das gestões do PSB, tanto no governo estadual quanto na Prefeitura. “O MEC não constrói creche. O MEC viabiliza recursos e Mendonça liberou R$ 10 milhões. Apesar de o prefeito dizer no vídeo que tinha terrenos disponíveis, as creches não saíram do papel pela incompetência da gestão em conseguir áreas”, afirmou.
A democrata se refere ao fato de que, em abril de 2018, durante audiência no Ministério da Educação (MEC), em Brasília, o então ministro Mendonça Filho recebeu o prefeito Geraldo Júlio (PSB) e liberou R$ 10,8 milhões para a construção de seis creches no Recife. As obras, que beneficiariam diretamente cerca de 800 crianças de zero a cinco anos de bairros distintos da capital pernambucana, nunca saíram do papel por que a prefeitura não disponibilizou os terrenos devidamente registrados e legalizados, a única contrapartida exigida pelo Ministério para a construção das creches.
Na época, Geraldo Julio celebrou a liberação dos recursos, informando, inclusive que as creches seriam construídas na Estrada do Arraial (Casa Amarela), em Beberibe, Campo Grande, Jordão, Passarinho e Ibura de Baixo. No encontro, o prefeito garantiu que os terrenos para a construção das creches já estavam disponíveis, assim como os projetos, que também estariam concluídos. A promessa, feita mais de dois anos atrás, era a de iniciar as obras rapidamente. Na audiência, Geraldo Júlio também reconheceu a existência da demanda de creches e ressaltou a importância do trabalho do então ministro Mendonça Filho e “a atenção com a nossa cidade”.
“As mães recifenses sofrem com falta de creches para deixarem seus filhos em segurança e trabalhar, e até hoje esperam essas unidades, que nunca saíram do papel por causa do descaso de uma gestão inoperante, que despreza a população carente do Recife. Os recursos sempre estiveram liberados e garantidos por Mendonça, isso é fato. Por que as creches não foram construídas? Será que não havia mais terrenos disponíveis em toda a cidade do Recife para construir novas creches? Ou não houve tempo hábil para a prefeitura cumprir prazos?”, questionou Priscila.
Priscila Krause também contestou as declarações de Alberto Feitosa expondo outras localidades que teriam creches construídas pela prefeitura com recursos do MEC, na gestão de Mendonça, e, por incapacidade da gestão, jamais saíram do papel, tais como: Imbiribeira, Fundão, Cabanga, Santo Amaro e Mustardinha. Todos os projetos ficaram retidos, entre outras razões, por ausência de documentação exigida pela pasta para a correta liberação dos aportes, como estudos técnicos de viabilidade e prazos legais para cumprimento das obrigações.
A democrata lembrou, ainda, que durante a sua gestão no MEC, Mendonça Filho assegurou recursos da ordem de mais de R$ 3 bilhões para Pernambuco. Entre os meses de maio de 2016 e abril de 2018, como ministro da Educação, Mendonça foi responsável pela conclusão de 929 obras, entre escolas regulares, escolas em tempo integral, creches e quadras poliesportivas, além de novos campi dos institutos e universidades federais. Ao todo, 183 municípios pernambucanos foram beneficiados e outras 345 obras permaneceram em execução quando ele deixou a pasta.
“A prioridade de Mendonça como bom gestor que é, principalmente no MEC, sempre foi estreitar as parcerias com os municípios de todo o Brasil, sem distinção ou qualquer tipo de rivalidade ou vaidade política. Ele foi um ministro que deixou um legado para a educação de todo o Brasil e de Pernambuco, não apenas com a liberação de recursos e estrutura de apoio para orientar prefeitos e secretários sobre os programas e projetos, mas também como um exemplo de como gerir de forma correta os recursos públicos”, ressaltou Priscila.