Mesmo com o PSB não subindo no palanque do Professor Lupércio (SD) em Olinda, o deputado e presidente do Solidariedade em Pernambuco anunciou o apoio da sigla a João Campos, em Recife. O parlamentar também fez questão de explicar o motivo de não marchar ao lado do seu cunhado, o candidato a prefeito da capital pernambucana, Mendonça Filho (DEM). Confira:
“Todo mundo sabe da minha relação com Mendonça Filho. Já fomos correligionários de sigla e ele é meu parente e, sobretudo, meu amigo. É também um político por quem mantenho profundo respeito, assim como guardo, em alta consideração, a memória e os ensinamentos de seu pai, José Mendonça, com quem tive o prazer de conviver por muito tempo e que foi minha grande escola para a política.
Foi com eles, inclusive, que aprendi que a coerência e a honradez nos compromissos assumidos são uma qualidade da boa política. Características essas que estão na base de toda e qualquer decisão tomada em nome do Solidariedade, partido do qual sou vice-presidente nacional.
Em 2014 o Solidariedade iniciou uma jornada ao lado do PSB. Foi quando passamos a compor a Frente Popular que elegeu Paulo Câmara como governador do estado de Pernambuco e assim permanecemos até hoje.
Honramos um compromisso assumido naquela época, mantido nas gestões seguintes e agora renovado com o apoio à candidatura de João Campos à prefeitura do Recife. Quando pela primeira vez subimos no palanque do PSB, Eduardo Campos se projetava nacionalmente. Um infortúnio do destino interrompeu sua jovem carreira, mas a esperança ficou através de seu filho, João, que hoje trilha os passos do pai.
Nos últimos meses recebi diversos questionamentos e críticas, a maioria delas infundadas, sobre a decisão aqui externada, a dizer, de apoio ao PSB na disputada eleitoral para prefeitura do Recife.
Entretanto, como falei, tenho na vida pública a vontade de sempre cumprir os compromissos que assumo. Isso não me torna inimigo ou desafeto de Mendonça Filho. Estar em lados diferentes agora do jogo político não nos torna distantes. Muito pelo contrário.
A política é feita de diálogos e pontes, não de ódio e ataques. E Mendonça, mais do que ninguém, sabe disso, assim como também sabe sobre a permanência do Solidariedade na Frente Popular. Uma decisão comunicada a ele de maneira franca em uma conversa de amigos, que somos, e recebida com o mesmo respeito que sempre tivemos um pelo outro.”