Estratégia da oposição contra Bolsonaro não surte efeito
A recente pesquisa divulgada pelo Datafolha trouxe uma alta na avaliação de Jair Bolsonaro (sem partido), a melhor desde o início do governo. A aprovação do presidente saltou de 32% para 37%. Analistas políticos avaliam que um dos motivos da crescente é o auxílio emergencial, que tem socorrido diversas famílias, principalmente no Nordeste, região onde o PT é mais forte.
Para quem acreditava que a pandemia seria um golpe em Bolsonaro, se enganou. Governadores e prefeitos que defendiam medidas de isolamento social acabaram perdendo o apoio da população. O cansaço do debate do novo coronavírus acabou dando espaço a agenda econômica, o que vem contribuindo para o crescimento da sua aprovação. O presidente melhorou a imagem entre os mais resistentes e acabou reconquistando apoiadores.
Críticas por parte da oposição e também da imprensa parecem não fazer efeito ou causar qualquer desgaste que possa afetar seu governo. Apenas o judiciário pode causar algum impacto mais danoso, caso se comprove que o presidente e sua família cresceram sustentados por atos não republicanos. Enquanto isso, Bolsonaro se mantém vivo e será um forte cabo eleitoral nas eleições municipais deste ano.
Rachadinhas – Segundo investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, ex-assessores de Flávio Bolsonaro (Republicanos) sacaram ao menos R$ 7,2 milhões em espécie. O valor corresponde a 60% do que os servidores receberam enquanto ocuparam os cargos. As retiradas dos assessores coincidiram com períodos nos quais, segundo o MP do Rio, Flávio pagou despesas usando dinheiro em espécie.
Queda – Em julho de 2020, o Recife registrou 1.402 Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP). Esse é o menor número de queixas notificadas na capital pernambucana em um mês de julho desde o início da contabilidade desse tipo de delito no Estado, em 2005. Ao levar em consideração o mesmo período do ano anterior, os Crimes Violentos contra o Patrimônio completaram 35 meses consecutivos de queda em Pernambuco.
Negado – Justiça nega mais um pedido do secretário de Saúde do Recife para retirar Polícia Federal do caso dos respiradores testados em animais e sem aval da Anvisa. Jailson Correia havia feito outras duas tentativas de retirar a “Operação Apneia” das mãos da PF, sem sucesso. No início da tarde desta sexta (14), o novo pedido do secretário foi negado pela juíza federal do caso.
Desgaste – A defesa de Jailson Correia quer que a investigação seja assumida pelo DRACCO, departamento da Polícia Civil do Estado. Em uma das operações, o celular do gestor chegou a ser apreendido pela Polícia Federal, e logo em seguida o MPF pediu sua prisão. Nos bastidores, o PSB teme que o desgaste respingue na campanha eleitoral de João Campos à Prefeitura do Recife.
Pivô – Com dificuldade de montar uma chapa para eleger seus correligionários, o pré-candidato a prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT) levou alguns membros que estavam filiados ao PCdoB para o PDT no apagar das luzes, entre eles o ex-vereador Rogério Meneses, que teria sido o pivô de um estremecimento na relação entre comunistas e pedetistas.