O secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, representou Pernambuco numa teleconferência que contou, nesta terça-feira (26), com a presença de entidades sindicais representantes dos trabalhadores e secretários estaduais do Nordeste ligados a mesma pasta. A reunião virtual se iniciou por volta das 10h e terminou quase às 13h, abrindo as portas para um debate regional entre os nove estados sobre políticas públicas para retomada da economia pós-pandemia. O encontro foi realizado pelo Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho (Fonset), do qual Alberes Lopes é vice-presidente.
Segundo Alberes Lopes, o objetivo da teleconferência foi iniciar um debate entre os secretários estaduais do Trabalho, trocar experiências, ver quais são os problemas semelhantes e construir uma agenda para enfrentar a crise do desemprego que deve afetar todo país, especialmente o Nordeste.
O secretário pernambucano sugeriu a construção de um documento coletivo que aponte soluções ao Consórcio Nordeste, presidido pelo governador da Bahia, Rui Costa. O texto será elaborado por um grupo de trabalho, com apoio do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mas o prazo para ser apresentado ainda não foi estabelecido. “Essa união dos secretários e dos governadores é importante, neste momento em que o governo federal não está dando atenção às pequenas empresas, nem aos trabalhadores”.
Outro assunto tratado na ocasião, uma demanda de todos os estados, de acordo com Alberes Lopes, é o fato de o Governo Federal ter abandonado os repasses para as Agências do Trabalho, tema que foi corroborado por outros gestores da região e tratado como “calote”. “Os recursos do Sine não chegaram e o Estado continua custeando tudo sozinho.”
O presidente do Fonset, o Davidson Magalhães, que é da Bahia, definiu alguns pontos como prioridades para os próximos dias. Segundo ele, é necessário discutir a retomada de alguns setores que foram prejudicados, como o da cultura. A ideia acatada pelo grupo é construir protocolos para a retomada de setores específicos e ver se é possível unificar este protocolo nos nove estados nordestinos, o que vai depender de como está a ocupação de leitos nos hospitais públicos nos Estados. Davidson defendeu que todos os secretários construam um plano de retomada com sugestões recebidas das Centrais Sindicais, como CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e NCST.