A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (26), a Operação Placebo, que apura indícios de desvios de recursos públicos destinados à saúde pública do estado do Rio de Janeiro, durante a pandemia do coronavírus.
São 12 mandados de busca e apreensão, um deles foi cumprido no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).
Em nota, o governador chegou a afirmar que houve interferência do presidente Bolsonaro. A deputada federal Carla Zambelli chegou a antecipar, ontem (25), que havia operações contra governadores.
Confira a nota na íntegra:
“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal.
Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará.
A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos.
Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”
Wilson Witzel, governador do Estado do Rio de Janeiro.