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O IBGE divulgou, nesta quinta (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Grande Recife para outubro de 2022. A inflação no Grande Recife interrompeu uma sequência de três meses seguidos com índices negativos para atingir 0,95% em outubro, o maior percentual entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA). No Brasil, que também havia apresentado três meses consecutivos de deflação, o índice foi de 0,59%.
No acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife (RMR) está em uma posição intermediária, em nono lugar, com 4,47%. O percentual está abaixo da média nacional (4,7%). Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, o Grande Recife marcou 6,64%, acima da média brasileira (6,47%).
Na RMR, dos nove grupos de produtos e serviços, dois apresentaram queda em outubro na comparação com o mês anterior: Despesas pessoais (-0,05%) e Artigos de Residência (-0,09%). As maiores altas foram verificadas nos setores de Habitação (2,57%), Saúde e cuidados pessoais (1,86%) e Vestuário (1,63%). Em seguida, estão Transportes (0,81%), Alimentação e Bebidas (0,36%), Comunicação (0,09%) e Educação (0,06%).
De acordo com Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, o aumento na inflação em outubro no Grande Recife tem a ver com a subida no preço da energia elétrica residencial, ligada à categoria Habitação. “O segmento teve uma alta de 9,66%, tendo como principal fator o aumento dos impostos PIS e Cofins. A Contribuição de Iluminação Pública também aumentou, mas em menor intensidade”.
Os cinco produtos ou serviços com maior aumento no IPCA do Grande Recife em outubro foram as passagens aéreas (47,37%), a batata-inglesa (19,69%), a laranja-pera (12,65%), a uva (12,43%) e a cebola (11,03%). O aumento acentuado nas passagens aéreas também ajudou a pressionar a inflação para cima. A energia elétrica residencial ficou em sexto lugar. No acumulado do ano, a cebola fica na primeira colocação, com aumento de 55,08% desde janeiro, seguido pelo leite longa vida (40,46%).
Entre os cinco produtos/serviços com maior percentual de redução no preço, estão o melão (-25,02%), o tomate (-15,25%), o etanol (-14,86%), o leite longa vida (-11,56%) e a melancia (-10,85%). Já as maiores reduções no acumulado do ano ficaram com o tomate (-40,13%), o etanol (-32,43%) e a gasolina, item de maior impacto individual na inflação (-27,87%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.