Justiça libera Ipespe em Caruaru e campanha de Rodrigo sofre novo revés

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Publicado por Karol Matos
20 de agosto de 2024 às 17h25min
Foto: Divulgação

Em decisão emitida há pouco, o desembargador eleitoral Filipe Fernandes Campos, aceitou o recurso do Instituto Ipespe, para divulgar a pesquisa com intenção de voto para a Prefeitura de Caruaru. O estudo foi contratado pela Folha de Pernambuco e seria divulgado hoje (20), mas após uma ação aberta pelo jurídico da campanha do candidato à reeleição, Rodrigo Pinheiro (PSDB), acabou tendo sua divulgação suspensa pelo juiz eleitoral Elias Soares da Silva, responsável pela 106ª Zona Eleitoral de Caruaru. 

A campanha de Rodrigo apontou como irregularidade o fato de o questionário conter perguntas sobre a avaliação e apoio dos governos estadual e federal, o que, segundo a equipe, poderia causar confusão ou influenciar o entrevistado. Entretanto, o Ipespe recorreu, através de um mandado de segurança, e acabou recebendo decisão favorável em segunda instância.

“Quanto à questão ventilada em representação, observo ausente a razão de ser, uma vez que resta indicado para qual cargo a pesquisa está sendo realizada (Prefeito), bem como a unidade da federação. Tanto assim é que, até a 25ª pergunta, encontram-se questionamentos que se servem a alimentar o plano amostral da pesquisa, seguidos de indagações sobre as candidaturas atinentes à futura gestão municipal de Caruaru”, diz o desembargador na decisão. 

O relator entendeu que não há “confusão”, como alegou o jurídico, porque as perguntas sobre intenção de voto são realizadas antes das perguntas relacionadas aos apoios estaduais ou federais, não influenciando o eleitor na escolha para o Executivo municipal.

“Por esse mesmo motivo, não há de se concluir pela suposta confusão que poderia criar nos destinatários das perguntas, sobretudo porque somente após exaurir-se a parte referente às eleições municipais, foram realizadas perguntas sobre pleitos anteriores. Ademais, a Resolução de regência traz os requisitos efetivamente obrigatórios para a divulgação das pesquisas, não preestabelecendo a forma como se apresentarão as perguntas e respostas dos questionários”, completou.

Com este resultado, a expectativa é de que a pesquisa, que agora já não está mais impugnada, deva ser divulgada assim que possível pelo instituto e pelo jornal.

Karol Matos

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