Deputados estaduais vistoriam e cobram melhorias no Hospital da PM

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Por Redação
14 de maio de 2025 às 15h45min
Foto: Roberta Guimarães

Após denúncias de usuários sobre a precariedade nos serviços prestados pelo Hospital da Polícia Militar, localizado no Derby, a falta de medicamentos e estrutura para acomodar os pacientes, uma comissão de deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi verificar ‘in loco’ a real situação do centro hospitalar. O Hospital atende aos integrantes da polícia e do Corpo de Bombeiros Militar, além de seus familiares. Logo após a visita, os parlamentares cobraram do governo do estado ações urgentes para soluções dos problemas encontrados.

Em fevereiro deste ano, uma auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou problemas no Hospital da PM e determinou que fossem promovidas, num prazo de 180 dias, melhorias na infraestrutura. As denúncias foram encaminhadas pelo Ministério Público de Contas. Na ocasião, a auditoria identificou problemas estruturais, incluindo mofo e desabamentos no teto, além de insalubridade das instalações.

Cobrança
Um dos integrantes da comissão da Alepe, o deputado Alberto Feitosa (PL), contou que os familiares de policiais e os próprios militares relataram por diversas vezes falhas na prestação do serviço do centro hospitalar. “Matérias veiculadas nas redes sociais dos militares mostravam imagens dos pacientes que deveriam ser atendidos no Hospital da PM, mas estavam no chão do Hospital da Restauração (HR) porque não tinha condição do hospital da polícia recebê-los. Ou muitas vezes eles vieram para cá e foram encaminhados para o HR. E diga-se de passagem, que é mais importante fazer o registro, o policial aqui ele paga por isso”, revelou Feitosa.

De acordo com a comissão de deputados, as reclamações incluem problemas na estrutura, como vidros quebrados, mofo e pisos deteriorados, mas também falta de medicamentos e de insumos e até consultas médicas. Os parlamentares foram recebidos pelo comandante geral da PM, Coronel Ivanildo Torres. Ele disse que a unidade representa uma retaguarda imprescindível à tropa e encaminhou os visitantes às dependências do hospital.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), que acompanhou a vistoria, relatou que, apesar das paredes recém pintadas, foi possível constatar a existência de problemas. “O que verificamos e escutamos de alguns funcionários e pacientes é que graças a Deus depois que ontem, depois que a gente disse que ia fazer essa visita, começou a ter um mutirão aqui, mas não deu tempo – vocês vão ver aí filmagens, tem fotografias de vários equipamentos amontoados dentro do hospital, setor de oncologia disseram que ia começar a funcionar hoje, já estavam liberando sessenta milhões a partir de hoje”, criticou.

Ainda de acordo com Porto, um funcionário contou em reserva que o hospital tem dinheiro em caixa, mas que falta parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para que haja pagamento de medicamentos.

Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da Alepe, deputado Joel da Harpa (PL), a unidade precisa passar por uma reforma estrutural urgente. “É um hospital de 82 anos. A direção do hospital, que está muito comprometida com a melhoria, conseguiu fazer algumas mudanças pontuais. Há uma sinalização também de um aporte maior do Poder Executivo, mas ainda falta muito: o setor de oncologia ainda está com uma dificuldade muito grande, o setor de raio X precisa de uma máquina nova. Há uma deficiência também na questão de pessoal, o último concurso foi feito há 18 anos”, lamentou.

Debate
O sistema de saúde dos militares estaduais foi tema de audiência pública na Alepe em novembro do ano passado. O debate foi realizado pela Comissão de Saúde e pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental dos Pernambucanos.

Paciente da oncologia no Hospital da Polícia desde 2017, a professora aposentada Landecy Ribeiro espera que os problemas sejam resolvidos. “Eram três oncologistas que atendiam aqui e está sem oncologista. Meu histórico está todo aqui, no computador, e eu estou sem rumo”. Ela ainda reclamou que o medicamento aplicado a cada seis meses para evitar complicações ósseas está em falta.

Também participaram da visita desta quarta os deputados Cayo Albino e Júnior Matuto, do PSB, além do deputado federal pelo PL de Pernambuco, Coronel Meira.

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