Nomeado na semana passada para exercer o cargo de gerente-geral-adjunto do Arquipélago de Fernando de Noronha, o jovem empresário Aglailson Neto, passou a responder pelas atividades que são atribuídas ao administrador. Ele passou a integrar o governo Raquel Lyra no último dia 8 e a informação foi trazida em primeira mão pelo Blog Cenário. O adjunto é irmão do deputado estadual Aglailson Victor (PSB).

O acúmulo de função de Neto acontece em meio à morosidade para a sabatina do advogado Virgílio Oliveira, que foi indicado em 27 de março para assumir o cargo de administrador-geral de Noronha. Ele é filho do deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) e sobrinho de Sebastião Oliveira, presidente estadual do Avante, que no mês passado ingressou no governo Raquel Lyra com indicações não apenas para Noronha, mas também para a Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Emprego.

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Virgílio substitui o secretário executivo de Meio Ambiente, Walber Santana, que teve sua indicação anunciada em 28 de janeiro, mas retirada em 10 de março, quando Raquel e Sebá bateram o martelo sobre a aliança. Desde o envio do ofício, a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça ainda não distribuiu o documento, fazendo com que não haja nenhuma previsão para a sabatina e respectiva votação do nome de Oliveira.

Nesta terça (15), na CCLJ, houve um estranhamento entre deputados da base e oposição devido a essa demora em dar continuidade ao procedimento para realizar a sabatina. A escolha de data para colocar em votação é uma prerrogativa do presidente, Coronel Alberto Feitosa (PL). Internamente, a avaliação é de que se for para votação hoje, o nome de Virgílio Oliveira será rejeitado.

Apesar do cargo de administrador-geral precisar do crivo do Poder Legislativo, a função de adjunto é de livre nomeação da governadora Raquel Lyra (PSD). O ato assinado pela governadora diz que Aglailson Neto foi designado “para responder, em caráter provisório, pelas atribuições do cargo de Administrador Geral do Distrito Estadual de Fernando de Noronha”, fazendo com que Neto permaneça como adjunto, mas na prática, será quem tem a caneta para assinar como “prefeito” do arquipélago – até a oficialização do novo administrador.