Apesar das pretensões em disputar o Governo de Pernambuco contra a atual governadora Raquel Lyra (PSD), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), nunca fez críticas abertamente em relação à gestão estadual. Hoje mudou sua posição e passou a assumir uma posição mais firme.

Durante discurso, indiretamente, deu uma alfinetada em seu discurso, criticando quem acha que “aliado é como peça de motor, quebra e bota outra no lugar”, e complementando que não dá para esconder números e tentar fazer a melhor fala do mundo, porque “se não for verdade, não tem aderência e coerência”, e quem é assim, terá dificuldade de fazer política.

João fez críticas à Saúde, ao programa Ganhe o Mundo que vem sendo alvo de denúncias de estudantes, lembrou dos feitos nas gestões do pai, o ex-governadora Eduardo Campos, e disse que está “muito animado”.

“Eu quero agradecer a todo mundo, porque a gente sabe que não é fácil estar na posição de oposição, mas esse time aqui aprendeu a andar de cabeça erguida. […] Esse time aqui sabe fazer e não tem medo de vento que sopra de governo, porque nós estamos com o povo. Vamos seguir gastando a sola do sapato e fortalecendo o nosso partido, fazendo a discussão de forma correta”, disse João Campos durante discurso.

Já na coletiva de imprensa, João também foi firme e garantiu que o PSB, partido que ele comandará nacionalmente a partir do fim de maio, fará uma “grande oposição” estadualmente.

“O nosso time é um time que tem história, que tem lealdade, que tem tamanho, e que vai fazer uma grande oposição ao Governo do Estado, com correção, com equilíbrio, mas com princípio. Então, é natural que movimentos ocorram, isso é natural da política, mas um time dessa história e desse tamanho aqui, com certeza vai fazer um grande trabalho”, disse.

“O PSB tem feito o seu trabalho. Uma oposição responsável, que marca as posições, que identifica o que está errado. Aquilo que, eventualmente, é importante que aconteça, vota para que aquilo aconteça. O papel de fiscalização, nós vamos continuar fazendo, mas com muita coerência”, completou João Campos.