O coração de Olinda já bate no ritmo do frevo, e neste Carnaval 2025, nossa cidade convida o mundo a viver o tema “Todos Juntos Numa Só Alegria”. A folia será um verdadeiro convite à união, à diversidade e à energia que pulsa em cada ladeira, casarão e sorriso do povo olindense.
Este ano, a identidade visual do Carnaval é uma obra-prima assinada pelo renomado artista local Raoni Assis, um nome que traduz a alma de Olinda em traços, cores e formas. Inspirada nos azulejos portugueses, nas grades trabalhadas das casas históricas e nos ícones da nossa festa – como as sombrinhas de frevo e a máscara da La Ursa –, a nova marca abraça a essência da cidade: a fusão entre o passado que nos molda e o presente que nos inspira.
“A alegria é a maior marca de Olinda e o Carnaval é um momento de celebração e união. Queremos que todos se sintam parte dessa festa, independentemente de idade ou de onde venham. Essa marca reflete nosso desejo de que todos estejam juntos nesse evento tão especial”, declara a prefeita Mirella Almeida.
Ela, inclusive, acompanhou de perto a criação da marca e fez questão de destacar o talento de um artista da terra. “Era meu sonho que um artista de Olinda estivesse representado neste projeto. Quando fui apresentada à nova marca pensei: o folião de Olinda está aí!”, revela a prefeita Mirella.
O processo criativo da identidade foi artesanal, como manda a tradição de um Carnaval tão autêntico. Cada ilustração foi desenhada e pintada à mão, depois digitalizada, preservando a sensibilidade da obra de Raoni Assis, um artista que transforma a cultura pernambucana em poesia visual.
Assim, em 2025, Olinda se reafirma como um palco de inclusão e celebração. O principal convite é simples e irresistível: faça parte desta alegria, que é um verdadeiro encontro entre culturas e gerações.
Afinal, o Carnaval da Marim dos Caetés é mais do que uma festa – é uma experiência única de pertencimento e euforia, onde cada sorriso compõe o retrato vibrante de um povo que sabe transformar tradição em arte e celebração.
Quem é Raoni Assis
Natural de Olinda, Raoni Assis é um dos nomes mais expressivos da arte contemporânea em Pernambuco. Com seu traço vibrante e narrativo, ele transita por suportes que vão de murais urbanos a ilustrações e animações premiadas. Fundador da Casa Balea, um ponto de efervescência cultural no Sítio Histórico, Raoni celebra em sua obra os rostos, cores e histórias que dão vida à cultura popular, com espaço para todos.
Abertura do Carnaval
A magia do Carnaval de Olinda começa oficialmente na quinta-feira (27/02), com um cortejo especial que exalta a riqueza cultural e as tradições da Marim dos Caetés. Mais do que um desfile, é um verdadeiro tributo à essência da festa, onde passistas e orquestras, símbolos de tradição, raiz e resistência, mantêm viva a cultura do frevo com sua energia contagiante e autenticidade.
A partir das 15h, no Largo do Amparo, mais de 500 passistas e 90 músicos conduzirão um espetáculo inesquecível, reafirmando que o frevo é patrimônio, história e paixão. O desfile segue pelo Largo do Amparo, passando pelos Quatro Cantos, Prefeitura, desce pela Rua 27 de Janeiro até a Praça do Carmo, onde os palcos darão início à programação oficial.
Grupos e companhias como Frevo Kids, Frevarte, Cia Passo nas Ladeiras, Brincantes das Ladeiras, Frevança, Cia Brasil por Dança, Cia Cultura, Cia Olindarte, Cia Acuã, Cia Frevambuco, Grupo Frevo Capoeira e Passo e Sol Cia de Dança darão vida ao frevo com seus movimentos inconfundíveis.
A trilha sonora desse grande encontro será conduzida por três renomadas orquestras: as do Maestro Carlos, Henrique Dias e Maestro Oséas, somando 90 músicos em uma explosão de ritmos que ecoará por todo o Sítio Histórico.
Patrimônios Vivos de Pernambuco também marcarão presença, reforçando a atmosfera vibrante e autêntica do evento.
No Palco Principal (Erasto Vasconcelos, no Carmo), grandes nomes da música completam a festa. A partir das 19h, o público poderá curtir Ganga Barreto, Lenine, Raphaela Santos e, encerrando a noite com chave de ouro, o ícone do Carnaval de Olinda, Alceu Valença.
Polos de Folia
1 – Polo Erasto Vasconcelos, no Carmo;
2 – Polo Guadalupe, nas proximidades da Igreja de mesmo nome;
3 – Polo Varadouro, em frente ao Eufrásio Barbosa;
4 – Polo Rio Doce;
5 – Polo Xambá, na rua do terreiro de mesmo nome;
6 – Polo de Peixinhos;
7 – Polo de Acolhimento, no Clube Atlântico;
Patrocinadores
A Prefeitura de Olinda conta com o apoio de renomadas marcas para realizar a maior festa do mundo, destacando o Governo de Pernambuco como Patrocinador Master e a Amstel como Patrocinadora Master do setor privado, além de parcerias com Esportes da Sorte, Coca-Cola, Redbull, Cheetos, Pitú e Schweppes. A gestão municipal celebra a presença desses patrocinadores, reconhecendo que seus aportes são essenciais para valorizar e preservar a cultura local, garantindo que as tradições sejam mantidas e fortalecidas ano após ano.
Público
A previsão é que, entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, Quarta-feira de Cinzas, aproximadamente 4 milhões de pessoas estejam presentes no Carnaval da Marim dos Caetés, o que deve gerar um incremento de quase R$ 400 milhões na economia local.
Hotelaria
A ocupação hoteleira de Olinda é de 98% nos hoteis e pousadas da cidade que tem pouco mais de 1.300 leitos. No período do Carnaval, esse número aumenta, por conta do Airbnb e das casas que são alugadas para os dias de festa.
Eleições dos Homenageados
A Prefeitura de Olinda realizará uma eleição online para definir os homenageados do Carnaval de 2025. A votação estará disponível no site oficial www.olinda.pe.gov.br e ocorrerá durante uma semana, de quinta-feira (30) até a quinta-feira seguinte (06/02). O anúncio dos vencedores será feito na sexta-feira (07/02). O público terá a oportunidade de votar e escolher as personalidades que melhor representam a história e a cultura de Olinda, contribuindo para a valorização da festa. Serão escolhidos dois homenageados: uma personalidade viva e outra na categoria In Memoriam. Para facilitar o acesso à votação, três totens com informações sobre o Carnaval e QR Codes direcionando para o portal de votação estarão posicionados em locais estratégicos: no Salão principal do Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura de Olinda, e em dois pontos do Shopping Patteo, no térreo e na Praça de Alimentação (L3).
Candidatos a homenageados:
Vilma Costureira
Foi em meio aos tecidos cintilantes e o colorido mágico das lantejoulas que a história de vida de Vilma Carmem da Silva se entrelaçou ao Carnaval de Olinda. Nascida em Julho de 1944, a costureira de mão cheia fez carreira nos mais renomados ateliês pernambucanos. Contudo, o conhecimento na alta costura jamais se sobressaiu à enorme paixão pelas fantasias para o período do reinado de Momo. Aos 79 anos, tem em sua trajetória toda uma vida dedicada à arte na cidade, com passagens por clubes tradicionais como o Pitombeiras e Elefantes, se estabelecendo, posteriormente, no Vassourinhas, onde permanece como membro ativo da diretoria.
Com toda a sua trajetória envolta na folia olindense, ela diz que o coração segue a pulsar mais forte quando o Carnaval vai se aproximando. É neste período, que decora todo o interior da casa, terraço e até o telhado, como uma verdadeira celebração da alegria e liberdade. Até hoje, dona Vilma Costureira diz que não perde um baile ou concentração de bloco, atualmente partilhada com os demais membros da família. Para ela, que sempre contribuiu para o fortalecimento da cultura da cidade, a temporada é também um momento de confraternização entre os artistas e músicos que impulsionam nos quatro dias de festa.
Mariângela Valença
Mariangela Valença é uma figura multifacetada que, há mais de 30 anos dedica-se à preservação e divulgação da cultura pernambucana, com especial ênfase em Olinda, seu berço cultural. Bailarina, coreógrafa, atriz, apresentadora, produtora cultural e psicóloga, iniciou sua carreira no Balé Popular e tem sido uma das principais responsáveis pela disseminação do frevo. Além de sua atuação como artista e educadora, tem representado a cidade em importantes feiras internacionais de turismo, agrupando ainda uma carreira no cinema e na televisão.
Aos 52 anos, cresceu em meio às ladeiras, no percurso da tradicional Academia Santa Gertrudes, onde estudou por longos anos. Em suas raízes, repercute a efervescência da terra. Recentemente, ela tem se dedicado a projetos audiovisuais como as “Pílulas do Frevo” e a “Videodança Frevo Raiz”, sempre com foco na acessibilidade e no aprimoramento de ferramentas que possibilitem o acesso de mais pessoas à rica cultura do frevo. Com sua vasta experiência e dedicação, Mariangela afirma que sua vida é Olinda, lembrando que continua a deixar uma marca significativa na preservação e expansão do frevo, tornando-o acessível a públicos de diferentes partes do mundo.
Maestro Carlos
Morador de Olinda desde a infância, Carlos Rodrigues da Silva começou a caminhada na banda marcial de uma escola pública da cidade, sendo a porta de entrada para se apaixonar pela música. Em seu histórico, residiu por décadas na Rua do Sol, no bairro do Carmo, depois se mudando, junto com a família, para o Bonsucesso, onde permanece até os dias atuais. Foi lá onde começou a estudar e se aproximar das partituras e instrumentos, se destacando na formação e assumindo o papel de instrutor. O frevo tornou-se sua grande paixão.
Os primeiros passos, ainda garoto, vieram no Bacalhau do Batata, passando depois para o Homem da Meia Noite. Hoje tem orgulho de contemplar dezenas de seus alunos à frente das principais orquestras de Olinda. Hoje com 59 anos, Maestro Carlos tocou por muitos anos nas mais renomadas agremiações, como o Cariri Olindense, Vassourinhas, Pitombeiras e vários outros. Segundo o músico, recebeu com felicidade a indicação para o Carnaval de Olinda 2025. Em suas palavras, reforça que vive literalmente da música, sua fonte de renda, mas também de realização. O Carnaval é o ponto alto de sua essência, revelando que já começa a se preparar desde a metade do ano anterior, aumentando sempre a rotina dos ensaios.
Pedro Salustiano
Pedro Salustiano, herdeiro de Mestre Salu, é um artista do corpo que vive e transmite a tradição cultural olindense com um compromisso profundo com as raízes do terreiro. Desde os 4 anos, quando já participava das rodas de Cavalo Marinho com seu pai, Pedro se apaixonou pela dança e os ritmos populares, sobretudo, esta forte ligação com o Carnaval. Com um legado familiar poderoso, Pedrinho, como é conhecido, acumula uma trajetória como intérprete, onde mistura maracatu rural, frevo, coco, capoeira e, claro, o Cavalo Marinho. Através de uma dramaturgia corporal, assinala uma experiência única, levando a cultura pernambucana a um público amplo, seja nos palcos de teatro do mundo ou nos canaviais da Mata Norte do estado.
Para ele, o Carnaval de Olinda também representa uma resistência cultural, onde a dança, a música e a caracterização se entrelaçam para mostrar a riqueza da sabedoria popular. Os saberes antigos, afirma, preservam a autenticidade e a continuidade das tradições, ao mesmo tempo em que busca renovar e compartilhar esses conhecimentos, mantendo-os vivos em um mundo em constante transformação. O Maracatu Piaba de Ouro, seu berço artístico, se mantém como o único do segmento baque solto da Marim dos Caetés, atraindo os olhares do mundo todo. Para ele, ser lembrado em vida, com esta indicação, representa o fortalecimento e esperança da continuidade deste trabalho tão bonito.
João Andrade
João Andrade é um artista plástico de Olinda, com 50 anos de carreira, sendo conhecido por sua forte ligação com a cultura popular e o folclore regional. Desde criança, demonstrou um talento especial para o desenho e a pintura, começando a trabalhar com madeira aos 10 anos e vendendo sua primeira peça aos 12. Ao longo dos anos, João se dedicou ao trabalho artesanal, criando peças únicas que celebram a história e os personagens de Pernambuco, como as tradicionais namoradeiras e representações de festas populares como o Carnaval. A sua obra é marcada pelo cuidado com o processo de criação, desde o desenho até a pintura final, e por sua busca constante por inovação.
Além de sua produção artesanal, João Andrade se destacou também no cenário carnavalesco, criando fantasias premiadas e até assinando a roupa do famoso Homem da Meia-Noite. Seu trabalho é reconhecido, especialmente no Sítio Histórico, onde suas peças podem ser encontradas em diversos pontos, a exemplo do tradicional Mercado da Ribeira. João se mostra apaixonado pelo Carnaval da Marim dos Caetés e diz que continua a buscar novas formas de expressão artística, sem se acomodar. Para ele, é importante manter uma profunda conexão com suas raízes culturais. Troças tradicionais como Pitombeira dos Quatro Cantos e Vassourinhas também já desfilaram produções do artista.
In Memoriam
Dodô Madeira
Nascimento: 04 de junho de 1973 | Falecimento: 22 de novembro de 2024
Dodô Madeira foi um talentoso músico e percussionista que encantou o Carnaval de Olinda com sua alegria e dedicação à música. Sua contribuição à cultura pernambucana foi marcante, tornando-se uma figura inesquecível no cenário musical da cidade. Seu legado vibrante e apaixonado pela arte permanece vivo na memória de todos que o conheceram.
Roberta Pessoa – Soul Delas
Nascimento: 15 de novembro de 1974 | Falecimento: 8 de fevereiro de 2022
Roberta Pessoa, fundadora do bloco Soul Delas, foi uma inspiração na cultura de Olinda. Desde 2012, o bloco destacou-se pela celebração da feminilidade, unindo MPB, sucessos brasileiros e samba em um repertório encantador. Mesmo após sua partida precoce, o legado de Roberta segue vivo por meio de sua filha, Yanka Pessoa, que hoje lidera o bloco como diretora e mestra de bateria, mantendo a essência e o espírito do Soul Delas. Sua paixão pela música e pelo Carnaval continua ressoando pelas ruas de Olinda.
Edwin de Olinda
Nascimento: 12 de setembro de 1968 | Falecimento: 05 de outubro de 2020
Edwin Barbosa, conhecido como Edwin de Olinda, foi um percussionista pernambucano que dedicou sua vida à música e à preservação da cultura nordestina. Nascido em Olinda, tornou-se um dos maiores expoentes de ritmos tradicionais como nagô, maracatu, caboclinho, ciranda, coco de roda, pastoril, cavalo-marinho e frevo.
Em 1988, Edwin ganhou destaque ao integrar a banda de Alceu Valença, permanecendo por 26 anos e contribuindo para clássicos inesquecíveis. Sua habilidade foi celebrada na canção “Quando Edwin desce a ladeira”, de Alceu, além de colaborações com artistas renomados como Naná Vasconcelos, Gilberto Gil e Carlinhos Brown.
Em 2013, Edwin foi reconhecido com o Troféu Luiz Gonzaga, concedido pela Câmara Municipal de Olinda, por sua contribuição à música e cultura nordestina. Sua memória segue como símbolo de talento e tradição.
Dona Ritinha
Nascimento: 06 de janeiro de 1941 | Falecimento: 03 de agosto de 2022
Patrimônio do Carnaval de Olinda, Dona Ritinha era uma catadora de latas que fazia do Carnaval sua própria festa, desfilando fantasiada e encantando os foliões com sua alegria contagiante. Figura ilustre das ladeiras da Cidade Alta e frequentadora assídua da Bodega do Véio, na Rua do Amparo, Dona Ritinha espalhava bom humor e vivacidade, tornando-se símbolo da cultura popular olindense.
Falecida em agosto de 2022, ela continua sendo lembrada por sua energia única e seu sorriso radiante. A cidade sente falta dessa personalidade inesquecível, cujas histórias ainda ecoam no Carnaval de Olinda.
Seu Moisés dos Confetes
Nascimento: 14 de outubro de 1927 | Falecimento: 30 de novembro de 2012
Moisés Silvino de Abreu, carinhosamente conhecido como “o homem do confete”, dedicou sua vida a uma tradição singular: cortar papel para confeccionar confetes. Apaixonado pelo Carnaval, ele fazia chover confetes de sua casa no bairro de Guadalupe, reverenciando as troças e blocos que passavam.
Começando o trabalho logo na Quarta-feira de Cinzas e acumulando quase uma tonelada de confetes por ano, Seu Moisés transformava sua dedicação em uma celebração única. Seu legado de amor pelo Carnaval permanece vivo na memória dos foliões e no espírito das festas.
Título História Viva
Em 2024, Olinda perdeu duas personalidades que deixaram um legado significativo para o Carnaval da cidade: o ex-secretário de Patrimônio e Cultura, Gilberto Sobral, e o respeitado líder espiritual Tatá Raminho de Oxóssi. Em reconhecimento às suas inestimáveis contribuições à cultura e à história de Olinda, a Prefeitura decidiu conceder, in memoriam, o Título História Viva a ambos. A homenagem será realizada simbolicamente aos seus representantes durante o anúncio dos vencedores da votação oficial dos Homenageados do Carnaval 2025.
Gilberto Sobral
Nascimento: 30 de junho de 1967 | Falecimento: 19 de dezembro de 2024
Gilberto Sobral Magalhães, pedagogo e gestor dedicado, construiu uma trajetória admirável em defesa da memória e da cultura brasileiras. Natural de Pernambuco, sua atuação marcou profundamente o campo do Patrimônio Cultural e da gestão pública.
Em sua carreira, Gilberto idealizou projetos inovadores, como o premiado “Pinte o Seu Patrimônio”, reconhecido com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. À frente da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda, coordenou ações que restauraram monumentos históricos e fortaleceram a conexão entre a comunidade e sua identidade cultural.
Gilberto deixou um legado de dedicação, visão estratégica e entusiasmo, ampliando o diálogo entre sociedade e patrimônio.
Tatá Raminho de Oxóssi
Nascimento: 09 de janeiro de 1936 | Falecimento: 08 de dezembro de 2024
Severino Martiniano da Silva, conhecido como Tata Raminho de Oxóssi, nasceu em 1936 e se tornou uma das figuras mais emblemáticas das tradições afro-brasileiras em Pernambuco. Inicialmente, estabeleceu seu primeiro terreiro no Complexo de Salgadinho, em Olinda. Anos depois, mudou-se para o bairro de Jardim Brasil I, onde fundou o terreiro Roça Jeje Oxum Opará Oxóssi Ibualama, que liderou até o fim de sua vida.
Por 42 anos, Tata Raminho conduziu a festa Águas de Oxalá, tradição anual realizada no segundo domingo de janeiro, que marca a abertura do ciclo carnavalesco em Olinda. A celebração inclui a lavagem da escadaria da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, no Sítio Histórico, um ritual de purificação e renovação que atrai terreiros e foliões de toda a região.
Tata Raminho de Oxóssi é uma referência da resistência cultural e espiritual, deixando um legado que fortalece as raízes afro-brasileiras em Pernambuco.