A decisão do PDT no Recife sobre neutralidade na eleição municipal foi enxergada como uma derrota para a governadora Raquel Lyra (PSDB), considerando que ela abriu espaço na gestão estadual para a legenda com o intuito de enfraquecer o palanque de João Campos (PSB).
Existia uma ideia inicial, que era a de o deputado Túlio Gadêlha ser candidato a prefeito do Recife pela sigla, o que acabou não se concretizando, já que o parlamentar não tinha janela para deixar a Rede.
Que o PDT não ficaria com João Campos, todos já sabiam, devido ao imbróglio no Ceará, envolvendo o PSB e a sigla que tem Carlos Lupi como cacique. A vice-prefeita Isabella de Roldão (PDT) até tentou levar o partido para João, assim como o secretário de Criança e Juventude de Raquel, Ismênio Bezerra, tentou levar para Daniel Coelho (PSD), mas no final, o martelo foi batido pela neutralidade. Numa rede social, Isabella se posicionou.
“Sou grata pela oportunidade e pela experiência de ser a primeira vice-prefeita do Recife e seguirei trabalhando até o dia 31 de dezembro. Espero ter inspirado a entrada de mais mulheres na política e, também, que um dia possamos ter espaços políticos mais equilibrados. Diante disso, minhas amigas e meus amigos, após a Convenção do Diretório Municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ocorrida na tarde desta sexta-feira (02), anuncio que nestas eleições de 2024 eu e o PDT-Recife optaremos pela neutralidade na disputa pela prefeitura”, disse.
Moral da história: quem saiu perdendo foi a governadora tucana, que nem conseguiu lançar Túlio Gadêlha (Rede) pelo PDT e nem conseguiu levar o PDT para o palanque de Daniel Coelho (PSD), nome oficial da tucana na corrida pelo governo municipal.