Apoio de Marília em Serra teve mais a ver com Duque do que com Márcia

Notícias
Publicado por Karol Matos
1 de junho de 2024 às 12h15min
Foto: Léo Caldas

Sem qualquer novidade, já que os caminhos já estavam postos há semanas, a ex-deputada e ex-candidata a governadora, Marília Arraes (SD), oficializa neste sábado (1º), durante um evento que acontece neste momento, o apoio à reeleição da prefeita Márcia Conrado (PT) em Serra Talhada. 

Antes de seguir para o local onde acontece o ato político, as duas concederam uma entrevista coletiva, acompanhadas do ex-deputado, Sebastião Oliveira (Avante), do deputado federal Fernando Monteiro (PP), e demais aliados. 

Durante todas as respostas, Marília fez questão de alfinetar o deputado estadual Luciano Duque (SD). A presidente estadual do Solidariedade repetiu por diversas vezes que o ex-prefeito cortou contato entre julho de 2023 e março deste ano, e que depois da eleição não conseguiu nem reunir a bancada liderada por ele. Para Marília, o afastamento de Duque deu margem para que ela seguisse com outros grupos no município.

Nas escolhas da política, a gente colhe essas consequências. A partir do momento que a gente se afasta de um projeto e escolhe andar sozinho, esse projeto com certeza vai andar junto com outras pessoas. E foi isso que a gente fez”, disse.

Marília também lembrou que, neste período, o deputado repetiu por diversas vezes que não seria candidato, sendo até irônico ao respondê-la após a dirigente partidária sugerir que ele fosse candidato no município, durante entrevista no ano passado.

Por que seria justo que eu me isolasse de todo esse projeto de unidade, reconstrução, em busca de juntar? Por que seria justo que eu largasse tudo e me isolasse junto com ele? Não seria justo ele chegar e pedir isso a mim”, avaliou Marília. “Não se faz política fazendo birra, fazendo confusão e muito menos se isolando”, completou.

Ao serem questionadas sobre desentendimentos passados, quando, segundo Duque, Márcia teria “enxotado” Marília de sua casa, na eleição de 2022, ambas negaram o fato e afirmaram que estariam sendo vítimas de machismo, dizendo que se fossem homens não receberiam alcunhas de perseguidora e demais adjetivos e questionamentos em relação a supostos cargos e emendas supostamente foram oferecidos. 

Voluntariamente Marília Arraes falou sobre estar no mesmo palanque que a governadora Raquel Lyra (PSDB), afirmando ser natural algo que se repete em diversos outros municípios do estado. Ela ressaltou que eleições municipais são diferentes das eleições gerais. Apesar disso, Marília chegou a criticar a chefe do Executivo estadual, afirmando que quem votou na tucana está arrependido, deixando Márcia com cara de paisagem.

Marília ainda ressaltou que não pretende punir a bancada que é comandada por Luciano Duque e tem votado junto com o Governo do Estado, em decisões que, em suas palavras, prejudicam o povo de Pernambuco.

Eles já fazem o que bem entendem na Assembleia Legislativa e eu jamais emiti nenhuma opinião sobre isso. Até poderia estar, enquanto partido, dando orientações, mas eles optaram por não seguir o partido. […] Então, eles já fazem o que bem entendem e de minha parte não tem problema e eu vou continuar junto com o grande grupo que a gente formou em torno do partido Solidariedade, nas alianças que a gente vem construindo, que vem se somando a um grupamento de oposição que está cada vez mais forte em Pernambuco”, finalizou.

Karol Matos

Ouça agora AO VIVO