Túlio diz que PDT reconheceu erros do passado e rebate críticas do PSOL a Raquel

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Publicado por Karol Matos
2 de março de 2024 às 12h50min
Foto: Américo Rodrigo

O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) reuniu diversas lideranças políticas e de movimentos sociais para o lançamento da pré-candidatura dele no Recife. Ao lado da ministra Marina Silva, principal nome da Rede, ele assistiu a vídeos do ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que declarou apoio ao seu projeto, além da deputada federal Renata Abreu, comandante nacional do Podemos. Ela parabenizou Túlio, mas não declarou apoio abertamente. Ambos os partidos integram a base do governo Raquel Lyra.

Presencialmente, também participaram representantes destas e outras legendas, a exemplo dos deputados estaduais João Paulo e Rosa Amorim, do PT, e o secretário de Criança e Juventude, Ismênio Bezerra, que representa o PDT no governo estadual.

“Fiquei muito emocionado com o vídeo do presidente Lupi, que reconheceu também o que aconteceu no passado, e que agora quer reparar os erros que o partido havia cometido”, disse Túlio durante discurso. 

Questionado se acredita ter sido perseguido no PDT quatro anos atrás, quando teve sua candidatura a prefeito rifada no Recife, Gadêlha contou que teve uma conversa com Carlos Lupi e viu que hoje o partido se arrepende.

“O PDT fez uma leitura em 2020, que hoje se arrepende. Inclusive, conversei profundamente com o presidente Lupi. A gente, naquele momento, tentou construir uma candidatura à prefeitura da cidade. Não logrou êxito essa candidatura e fui muito bem acolhido pela Rede. O presidente Lupi viu o resultado do nosso mandato, do nosso trabalho, foi acreditando cada vez mais e tem me ajudado não só em trazer o PDT para a nossa base, mas também trazer outros partidos que são fundamentais para a gente entrar nessa disputa”, disse.

A Rede faz parte de uma federação com o PSOL, que também tem uma pré-candidata colocada: a deputada estadual Dani Portela. Na coletiva de imprensa, Túlio Gadêlha falou sobre as críticas à relação dele com a governadora Raquel Lyra (PSDB).

“Não tem problema nenhum, na democracia, ter campos políticos que dialogam com setores diferentes, com governos diferentes. A governadora Lyra sempre teve sua história na esquerda, no PSB. Foi perseguida no PSB, depois foi eleita pelo PSDB, mas está próxima ao presidente Lula. A gente conseguiu trazer Raquel para o próximo do presidente Lula e, com isso, Pernambuco tem ganhado muito, bilhões de reais, investimento em obras, em estradas, em hospitais, bilhões em empréstimo com os bancos públicos. Nossa missão é aproximar a governadora Raquel do presidente, fortalecer esse campo democrático, mas, principalmente, construir um diálogo na Rede e no PSOL para afunilar uma candidatura”, justificou.

Karol Matos

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