Fernando Rodolfo explica relação com o pai e diz estar sendo “perseguido”

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Publicado por Karol Matos
20 de setembro de 2023 às 18h00min
Foto: Gilmar Félix

Presidente da comissão que está analisando a proibição do casamento homoafetivo no Brasil, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL) vem sendo bombardeado, desde ontem (19). Isso porque ele participou da sessão que debate a união civil entre pessoas do mesmo sexo, no mesmo momento em que o pai estava sendo enterrado em Garanhuns.

Por meio de nota divulgada na tarde desta quarta-feira (20), Rodolfo afirmou estar sendo vítima de perseguição e explicou a relação que mantinha com o pai biológico. Fernando também repudiou as críticas que vem recebendo: “tenho sido atacado por pessoas e grupos que não têm conhecimento de minha vida e das humilhações que já passei”, disse o parlamentar.

Confira a íntegra do texto:

Desde o início desta semana, tenho sido perseguido por setores da sociedade e da imprensa por ter pautado um projeto de lei que trata sobre o casamento homoafetivo na Comissão da Família, que presido com orgulho.

Quem me conhece sabe os meus valores e a responsabilidade que tenho em tudo o que assumo, tanto é que tive a confiança do meu partido para exercer tal função.

Aceito as críticas e estou pronto para o debate. No entanto, tudo tem um limite. No último domingo (17), meu pai biológico, que já enfrentava um sério problema de saúde, faleceu.

A bem da verdade, conheci o meu pai quando tinha 13 anos de idade e nunca compartilhamos de qualquer proximidade familiar. Porém, quando soube do seu estado de saúde, o procurei e levei minha solidariedade. Nesta última semana, ao tomar conhecimento da sua internação, cancelei minhas atividades em Brasília e me ausentei das votações no plenário para acompanhar de perto seu estado de saúde, ficando ao seu lado até o último dia de vida. No dia do falecimento, estive presente em seu velório até a madrugada.

De consciência tranquila, e tendo prestado as devidas homenagens, segui para Brasília para conduzir os trabalhos da comissão.

De forma desrespeitosa, e sobretudo desonesta, tenho sido atacado por pessoas e grupos que não têm conhecimento de minha vida e das humilhações que já passei.

Em respeito aos meus filhos, à minha família e à minha história, registro a minha indignação com o que estão tentando fazer e reitero que não abro mão das minhas convicções e não serei intimidado.

O que está em questão não é o falecimento do meu pai, e sim a minha postura como presidente da comissão.

Fernando Rodolfo
Deputado federal

Karol Matos

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