A empresa pública Instituto Agronômico de Pernambuco- IPA saiu da inadimplência junto ao Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais – CAUC e recuperou no mês de maio os requisitos fiscais necessários para habilitação e formalização de novos convênios e contratos de repasse junto ao Governo Federal. A positivação da empresa vai abrir muitos caminhos para se empreender ações os setores pesquisa, extensão rural, além de ações na área de recursos hídricos em todo Estado de Pernambuco.
Desde de 2018 o IPA está impossibilitado de celebração de novos convênios da empresa junto ao Governo Federal. Todos os repasses, desde então, são provenientes dos contratos firmados anteriormente. Em 2023, não houve qualquer repasse. Diante desse panorama, sair da inadimplência era uma questão muito urgente para empresa.
“Fizemos aqui uma intensa articulação em Pernambuco. Fomos à Brasília, nos reunimos com a direção do Banco do Brasil onde havia a principal pendência e fizemos toda a negociação de débitos. Foi uma força tarefa para recuperar o crédito da empresa, crucial para a recuperação do IPA e especialmente para executar ações para incentivar a Agricultura Familiar no Estado, prioridade para a governadora Raquel Lyra”, disse Joaquim Neto, presidente do IPA.
Esse período de Inadimplência causou danos imensos ao Instituto de Agronomia de Pernambuco, que hoje está com boa parte da sua estrutura sucateada por falta de investimentos. Diversos projetos foram abandonados, a exemplo a piscicultura na Estação Experimental de Serra Talhada entre outros.
A empresa
O IPA é a empresa pública agropecuária com maior capilaridade em Pernambuco, são mais de 1,1 mil funcionários distribuídos por todas as regiões do Estado. Há cerca de 400 técnicos no setor de extensão atuando de ponta a ponta no Estado, dando assistência técnica aos pequenos/médio agricultores e criadores.
A sede do IPA fica no Bairro do Bongi no Recife, onde ficam também muitos dos seus laboratórios, Herbários e outras estruturas de suporte técnico científico. A empresa tem 12 Gerências Regionais de Extensão Rural, 184 Escritórios Municipais + Fernando de Noronha, 12 Estações Experimentais de Pesquisa, quatro Estações de Infraestrutura Hídrica e dois Centros de Produção e Comercialização de Sementes fora a sede.
O Instituto tem um grupo de pesquisadores muito atuante, há atualmente cerca de 100 pesquisas em desenvolvimento no setor de agricultura, pecuária, pesca, aquicultura, apicultura e outras. São pesquisas singulares, a exemplo, o desenvolvimento de espécies botânicas resistentes ao semiárido. O IPA também é responsável pelo programa de distribuição de sementes aos agricultores no Estado.
“Esse é um ponto de partida para renovação do IPA, que está entre as empresas agropecuárias governamentais mais importantes do país, com quase 88 anos de uma história grandiosa no setor de pesquisa e extensão no país. O Instituto é uma referência nacional na produção de novas cultivares como as de cebola e tomate, muito resistentes ao clima semiárido e que são cultivadas em toda a America Latina, Caribe e até alguns países da África; e também na melhoria genética de rebanhos bovino, ovinos e caprinos”, disse Neto.