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Exercendo seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) falou, durante entrevista ao Blog Cenário ontem (16), como tem sido a relação com a governadora Raquel Lyra (PSDB). Para ela, falta um “aceno” da parte do Palácio.
“Para nós, isso ainda é uma questão. Tivemos uma reunião enquanto Movimento Sem Terra, eu participei enquanto parlamentar do MST, mas foi uma reunião com o movimento e pouco nós conseguimos avançar daquele espaço. Não consegui ter um espaço para apresentar os nossos projetos enquanto mandato”, explicou Rosa.
A parlamentar disse que é possível para avançar no debate de pautas centrais do seu mandato, como educação, reforma agrária, políticas públicas para o campo, direitos humanos e a comunidade LGBTQIA+, mas que precisa de uma abertura da governadora para isso.
“Nós precisamos de um aceno mais positivo do Governo do Estado para a gente poder quiçá ter espaço para estreitar relações”, disse.
Como o blog noticiou anteriormente, o PT já iniciou os debates internos para definir qual será o posicionamento em relação ao governo Raquel Lyra. Atualmente, a legenda que integra a federação com PV e PCdoB ocupa a independência, onde Rosa Amorim também está inserida.
Questionada sobre qual será seu caminho, ela disse que seguirá com o partido.
“Eu acredito que a gente não deva se manter nesse campo dos independentes, mas isso ainda é um espaço de diálogo e, por enquanto, nós permanecemos nesse lugar”, analisou a deputada.
Rosa é a primeira sem-terra a ocupar um espaço na Alepe e acredita que a última eleição foi um divisor de águas para que o MST possa ser visto com outros olhos. Em tom de ameaça, recentemente, o deputado federal Coronel Meira (PL) fez duras críticas ao pai dela, Jaime Amorim, que é dirigente do movimento em Pernambuco. Já na Assembleia Legislativa, por outro lado, Rosa alegou não ter enfrentado problemas com nenhum parlamentar.
“A característica dessa Casa também é lidar com a pluralidade da diversidade, da própria política e dos pensamentos. É o que dá espaço para o debate acontecer, então nesse sentido eu acho que nós mantemos entre os deputados um republicanismo nas relações”, disse Rosa.