A prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, recebeu uma ação conjunta de inserção do Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU), que possibilitou a triagem de 650 mulheres para o procedimento. Entre os dias 11 e 13 deste mês, 493 pacientes compareceram para serem atendidas.
A iniciativa promovida pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), com Termo de Cooperação da Organização Pan-Americana de Saúde (TC/OPAS) e a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher (GEASM), foi realizada no Complexo Médico do São Francisco e capacitou profissionais do Programa Saúde da Família.
As mulheres foram captadas para esta ação através de uma triagem feita pelas unidades básicas de saúde da zona urbana e rural do município. “A gente só tem a agradecer essa parceria com a OPAS e a Secretaria Estadual de Saúde, que vai nos permitir garantir o direitos dessas mulheres, em definir o que é melhor para a vida e a saúde delas”, ressaltou o secretário de Saúde de Caruaru, George Veloso.
Para a Drª Aureliana Nóbrega, médica instrutora da OPAS, a iniciativa é mais que uma ação de controle reprodutivo familiar, garante também a preservação da vida das mulheres. “Ofertar às pacientes os métodos contraceptivos de longa duração, como o DIU, e lhes permitir planejar uma gravidez, é ofertar saúde, diminuindo a mortalidade materna. E é através dos profissionais de saúde que se vai esclarecer essas pacientes. Por isso, é que faz parte da ação envolver também as unidades de saúde”, explicou a médica.
“A saúde reprodutiva é importante para a qualidade de vida das pessoas e esta ação de cidadania, junto com aos profissionais envolvidos, está proporcionando a essas mulheres o direito ao exercício pleno da autonomia com saúde, segurança e dignidade. Vamos trabalhar para que a gente possa ofertar, cada vez mais, às nossas mulheres, essa oportunidade”, enfatizou a secretária da SES-PE, Zilda Cavancanti.
O Planejamento Reprodutivo está incorporado à Política de Atenção Integral a Saúde da Mulher tendo sido instituído pela Lei nº 9.263 de 12/01/96 que regula o art. 226, § 7º, da Constituição Federal de 1988.
Entre os métodos contraceptivos, o DIU é considerado seguro, reversível, método eficaz de contracepção, associado a poucos efeitos colaterais, além de ser o mais utilizado no mundo. As taxas de falha são extremamente baixas – menos de 1 por 100 mulheres, no primeiro ano de uso. Métodos reversíveis de longa ação (LARC), a exemplo do DIU, propiciam maior eficácia e se traduzem em redução significativa das gestações não planejadas.