A Câmara de Caruaru aprovou por 20 votos a favor, 2 contra e 1 abstenção, o Plano de Cargos e Carreiras dos professores efetivos da Rede Municipal de Ensino. Com presença massiva da categoria, a reunião já iniciou animada, com gritaria e dedo na cara entre os próprios professores que estavam na galeria, divididos entre dois grupos que são aliados e contrários ao sindicato que representa os profissionais da educação no município.
Em determinado momento, o presidente da Casa, vereador Bruno Lambreta(PSDB), e demais parlamentares, precisaram intervir para evitar que cenas de violência acabassem sendo registradas na ocasião. Com a tensão nas alturas, os presentes nas galerias se manifestaram por diversas vezes, com ataques a alguns parlamentares, provocando mais intervenções do presidente para que houvesse respeito na Casa.
Durante a sessão, Bruno explicou que caso a matéria fosse reprovada, não poderia mais ser apresentada este ano, aconselhando que com a aprovação, poderia haver diálogo com o Executivo para que melhorias para a categoria fossem discutidas posteriores.
Leia também
Perpétua é chamada de “inimiga da educação” por ser favorável ao PCC dos professores
Dos 23 vereadores presentes, Jorge Quintino (SD), Wagner do Santa Rosa (Republicanos) e Perpétua Dantas (PSDB) criticaram a proposta.
“Este projeto deveria ser retirado para adequação. […] Rodrigo vai ter que enfrentar os professores na rua, sim”, disse Perpétua, citando o parecer do Conselho Municipal da Educação. Mesmo com as críticas, a tucana, no entanto, votou favorável à proposta.
Ainda ontem (12), os professores decidiram decretar greve. Eles alegam que o novo plano traz perda progressiva de salário. Apesar da pressão para que o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) retirasse o projeto para alteração, o gestor manteve a proposta como estava, afirmando que o PCC foi produzido em cima das possibilidades do município.
Entre as mudanças o projeto do novo PCC previa a unificação das tabelas, a carga horária que vai de 150 para 188 horas e também a aplicação do piso nacional. Em janeiro, o Ministério da Educação definiu um reajuste de aproximadamente 15% no piso dos professores em relação ao ano passado, subindo de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
A votação aconteceu em primeira discussão. Por se tratar de matéria financeira, o projeto ainda precisa passar por uma segunda votação, que geralmente segue o mesmo placar.
Veja a lista completa:
Anderson Correia (PP) – sim
Bruno lambreta (PSDB) – sim
Cabo Cardoso (PP) – sim
Carlinhos da Ceaca (MDB) – sim
Edmilson do Salgado (PSDB) – sim
Fagner Fernandes (PDT) – abstenção
Filipe José (PTB) – sim
Galego de Lajes (MDB) – sim
Irmão Ronaldo (PROS) – sim
Izaac da Saúde (Cidadania) – sim
Jorge Quintino (SD) – não
Leonardo Chaves (PSDB) – sim
Lula Tôrres (PSDB) – sim
Mano do Som (UB) – sim
Maurício Caruaru (Podemos) – sim
Mery da Saúde (PSD) – sim
Nelson diniz (Cidadania) – sim
Perpétua Dantas (PSDB) – sim
Ranilson Enfermeiro (PSDB) – sim
Ricardo Liberato (PSDB) – sim
Val Lima (UB) – sim
Wagner do Santa Rosa (Republicanos) – não